“O regulamento financeiro implicou a aprovação das quotas de dois euros por mês. (…) As quotas são obrigatórias a partir já de maio. Eram facultativas e agora são obrigatórias. Para quem quiser ser eleito, votar e participar nas eleições internas tem de pagar quotas”, indicou.
Expondo uma ordem de trabalhos divida em nove pontos, incluindo a apresentação, discussão e votação das contas anuais do partido referentes a 2021, Pedro Morais Soares escusou-se a comentar o assunto.
“Não vou falar sobre as contas internas do partido. São situações internas, foram bem explicadas, foi tudo apresentado, a situação financeira no Conselho Nacional… São assuntos internos do partido”, observou.
De acordo com Pedro Morais Soares, todos os regulamentos “foram aprovados por quase unanimidade”, anotando “uma abstenção”.
“[Houve] uma uniformização e uma adaptação do partido já para o futuro”, referiu, acrescentado que “foi uma ordem de trabalhos extensa, mas muito produtiva, muito eficiente”.
O CN, agendado para hoje às 18:00 na sede do CDS-PP no Largo Adelino Amaro da Costa (Lisboa, iniciou-se às 18:30, depois de “verificado o quórum”, tendo terminado às 21:00.
Hoje, ficou também decidido que o Congresso Estatutário Extraordinário vai realizar em 16 de julho.
Durante a tarde, um grupo de opositores interno ao atual líder do CDS-PP, Nuno Melo, considerou numa nota que o CN “trata-se de um ataque às bases do partido e de uma tentativa de manietar as suas estruturas locais, cumprindo um plano há muito previsto (…)”.
Os 16 signatários atentaram que “o modelo exclusivamente presencial das reuniões do CN representa um lamentável retrocesso na promoção da ampla participação de todos os Conselheiros Nacionais, designadamente dos que se encontram mais longe de Lisboa e que são a maioria”.
“Todos os que não conseguem dispor do tempo ou dos meios financeiros para se deslocarem à capital num final de tarde de um dia trabalho ficam, pura e simplesmente, excluídos da participação na vida interna do partido”, alertaram.
Para o grupo de subscritores, “o regresso ao registo do partido centralista e centralizado, no qual um pequeno grupo, a partir da sede nacional, se impõe só porque existe, é um perigoso sinal sobre o suposto paradigma de partido inclusivo, que tanto serviu de arma de arremesso nos últimos meses”.
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