O excedente das administrações públicas fixou-se em 402 milhões de euros até agosto, uma melhoria de 982 milhões de euros face a 2018, com a receita a crescer 4,6%, informou hoje o Ministério das Finanças num comunicado que antecede a publicação da síntese de execução orçamental.
"É muito difícil explicar como é que não se faz o investimento que está previsto quando há tantas áreas do país a precisar desse investimento - saúde, transportes, educação - e depois o país tem excedentes. Mas para que queremos os excedentes? para fazer um número de campanha eleitoral?", questionou Catarina Martins.
O "país precisa é de investimento no que é essencial", ou seja, "saúde, transportes, educação", insistiu a líder do BE, uma vez que são estes setores que servem "toda a população e aquilo que toda a população espera que o país seja capaz de fornecer em qualidade e em todo o território".
"O Bloco de Esquerda já tinha chamado à atenção para o facto de não estarmos a utilizar o investimento que está disponível e que tem cabimento no Orçamento do Estado que nós aprovámos. Eu lembro, por exemplo, que entre o Orçamento do Estado e o programa de estabilidade que Mário Centeno apresentou mais tarde à Comissão Europeia, desapareceram 1500 milhões de euros de investimento", recordou.
Para Catarina Martins "não é justo, não é equilibrado que um país tenha excedentes orçamentais e que o seu Serviço Nacional de Saúde tenha falta de investimento".
"Um país com contas certas é um país que é capaz de promover a saúde, é um país que é capaz de promover a saúde, é um país que é capaz de fazer o investimento que é necessário no SNS, nos cuidados primários, para que toda a gente tenha acesso à saúde", defendeu.
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