Este artigo tem mais de 7 anos
1 de outubro, dia do referendo pela independência na Catalunha. Com arranque às 8 horas de Lisboa, registaram-se várias intervenções da polícia e os serviços de emergência atenderam mais de 800 pessoas.

- Centenas de pessoas passaram a segunda noite consecutiva em escolas, institutos e outros centros designados como colégios eleitorais para o referendo de hoje, suspenso pelo Tribunal Constitucional (TC), para impedir o seu encerramento pela polícia, ordenado para as 06:00 (05:00 em Lisboa).
- O Governo catalão estabeleceu 6.249 mesas eleitorais em toda a Catalunha e um dispositivo de 7.235 pessoas para tentar que hoje um total de 5.343.358 catalães possam votar no referendo.
- Os catalães começaram a votar às 09:00 (08:00 de Lisboa) nos colégios eleitorais que conseguiram manter-se abertos.
- Os Mossos d'Esquadra fecharam mais de 90 colégios eleitorais em toda a Catalunha, para onde também foi destacada a Guardia Civil e a Polícia Nacional -protagonizaram os maiores momentos de tensão - para impedir que estes pontos de votação abram para o referendo sobre a independência.
- Em alguns locais ocorreram cenas de tensão e algum uso de força entre os populares e a polícia, equipada com material antidistúrbios, ainda não utilizado, como armas de balas de borracha.
- O porta-voz da Generalitat, Jordi Turull, pediu em conferência de imprensa que os feridos façam uma denúncia junto da polícia regional.
- Os serviços de saúde catalães elevaram para 844 o número de feridos em consequência da intervenção das forças de segurança para impedir o referendo independentista na Catalunha, dos quais dois estão em estado grave.
- Registaram-se também confrontos na sala de exposições de Sant Carles de la Ràpita (Terragona) e na Escola Rius i Taule (Barcelona).
- Meia centena de agentes da Polícia Nacional e da Guardia Civil ocuparam cerca das 09:15 locais (08:15 em Lisboa) o pavilhão desportivo escolar de Sant Julià de Ramis, em Girona, onde deveria votar o líder da ‘Generalitat', Carles Puigdemont. Contudo, este decidiu ir votar noutra zona de Girona, a quinze quilómetros do local onde estava inscrito.
- O presidente do governo catalão criticou o "uso injustificado, irracional e irresponsável da violência por parte do Estado espanhol", que o "envergonhará para sempre", mas "não deterá o desejo dos catalães de poder votar pacífica e democraticamente".
- A Procuradoria-Geral de Espanha vai agir contra os Mossos d’Esquadra por entender que a polícia regional da Catalunha agiu como uma “polícia política”, por não ter acatado a ordem de fechar várias assembleias de voto no referendo catalão.
- O conselheiro do governo catalão (‘Generalitat’) para os Assuntos Exteriores anunciou que vai apresentar uma queixa contra o executivo espanhol na União Europeia, por violação dos direitos humanos.
- Cravos foram hoje distribuídos em várias assembleias de voto do referendo para a autodeterminação na Catalunha para simbolizar a "liberdade pretendida”, à semelhança da que os portugueses conquistaram no “25 de abril” de 1974, na “Revolução dos Cravos”.
- O FC Barcelona pediu hoje à Federação espanhola de futebol que suspenda o jogo que o opõe ao Las Palmas no campeonato espanhol, apoiando oficialmente a realização da consulta popular decretada ilegal pelo governo espanhol.
- O encontro da sétima jornada da liga espanhola de futebol disputou-se à porta fechada.
- As cinco organizações sindicais representativas do Corpo Nacional de Polícia de Espanha anunciaram hoje, em comunicado conjunto, que vão agir legalmente contra os Mossos d'Esquadra pela forma como a polícia regional catalã atuou no referendo da Catalunha.
- O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, declarou que “não houve um referendo de autodeterminação” na Catalunha e que a “grande maioria” dos catalães recusou “participar no guião dos separatistas”.
- Rajoy agradeceu hoje “de uma maneira muito especial” à Polícia Nacional e à Guardia Civil, que “cumpriram a sua obrigação e mandato”, sem qualquer referência aos feridos nas cargas policiais na Catalunha.
- Governo da Catalunha anuncia 90% de votos pelo 'sim' à independência.
Comentários