O número integra não só quem assistiu e participou nos corsos diurnos de domingo e terça-feira e noturnos de sábado e segunda-feira, como também os visitantes que estiveram nas ruas, praças e bares da cidade por onde a animação se prolongou até de manhã ao som de DJ.
“Globalmente o Carnaval correu muito bem, com corsos cheios. Na terça-feira o corso teve menos gente a assistir, ao contrário do número de participantes, apesar da ameaça de mau tempo”, afirmou à Lusa César Costa, presidente da empresa municipal Promotorres, que organiza o evento.
A edição deste ano do Carnaval de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, apresentado “como o mais português de Portugal”, ficou marcada pelo reforço das medidas de segurança, referiu a organização em comunicado.
A implementação de barreiras antiterrorismo, de um sistema de videovigilância no perímetro do corso e nas zonas de animação noturna e a realização de revistas à entrada do recinto foram algumas dessas medidas.
Na área do recinto o policiamento foi garantido por quatro centenas de agentes da PSP, segundo a qual o evento “decorreu em segurança, registando baixos níveis de criminalidade”.
Das várias ocorrências registadas na cidade entre sexta e terça-feira, a PSP salientou uma detenção por falta de habilitação legal para conduzir, dois roubos de telemóvel e 13 furtos.
Já os Bombeiros Voluntários de Torres Vedras contabilizaram 151 ocorrências, mais 37 do que no ano passado, disse à Lusa o comandante da corporação, Fernando Barão.
Apesar de terem aumentado face a 2018, o tipo de ocorrências mantém-se idêntico ao dos anos anteriores e está relacionado com pedidos de socorro por excesso de álcool, traumas ou doenças súbitas.
Dados que, para a organização, demonstram “por que razão [o evento] continua a atrair cada vez mais foliões de dentro e fora do país”.
A GNR remeteu para breve o balanço da atividade operacional durante o Carnaval de Torres Vedras.
Inspirando-se em tudo o que é tipicamente português, muitos foliões adequaram a máscara, disfarçando-se, por exemplo, de varinas, pescadores, minhotos, capitães de abril, galos de Barcelos, Amália Rodrigues ou Camões.
No sábado, integrado no corso noturno, o concurso de grupos de mascarados juntou 2.300 foliões repartidos por 44 grupos.
O grupo “cúzidinho à portuguesa”, em que os participantes se disfarçaram de panela com todos os ingredientes de um típico cozido à portuguesa, obteve o primeiro lugar de grupos e das escolhas do público.
Além da criatividade e espontaneidade dos mascarados, o Carnaval torriense é também conhecido pelas “matrafonas” (homens mascarados de mulher) e pela sátira político-social dos carros alegóricos.
A Câmara de Torres Vedras candidatou em 2016 o Carnaval a Património Nacional Imaterial, o primeiro passo para vir a ser reconhecido como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O evento teve este ano um orçamento de 750 mil euros.
Comentários