Vestido de preto, Nabil Karoui deixou ao início da noite a prisão de Mornaguia, a 20 quilómetros de Tunes, capital do país, cercada por um grande contingente policial que repelia uma multidão que se queria aproximar do candidato.
Os apoiantes carregaram o candidato em ombros até ao carro onde abandonou o local, sem fazer declarações.
Empresário e magnata dos ‘media’, Nabil Karoui, cujo partido foi fundado há seis meses, estava detido desde 23 de agosto por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais.
O momento em que ocorreu a sua detenção, 10 dias antes do início da campanha para a primeira volta das presidenciais, suscitou interrogações sobre uma instrumentalização da justiça pela política.
Em julho, o juiz de instrução decretou o congelamento dos bens de Karoui e do seu irmão Ghazi, e a proibição de deixar o país.
Na primeira volta das presidenciais em 15 de setembro, o professor universitário independente Kais Saied venceu o escrutínio com 18,4% dos votos, à frente da Karoui, que garantiu 15,58%.
O partido de Karoui, a Isie, observadores internacionais e diversos responsáveis políticos tinham apelado para que fossem concedidas condições ao candidato detido para uma campanha justa e equilibrada na segunda volta, em 13 de outubro.
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