
Segundo o The Guardian, uma análise efetuada pela Cancer Research UK (CRUK) conclui que as zonas do corpo com maior probabilidade de desenvolver cancro da pele variam entre homens e mulheres.
Assim, quatro em cada dez melanomas nos homens são detetados no tronco, incluindo as costas, o peito e o estômago, e mais de um terço dos melanomas nas mulheres localizam-se nos membros inferiores, desde as ancas até aos pés. Há mais de 3 mil casos de cancro da pele a afetar cada sexo no Reino Unido.
A justificação para as variações entre as zonas do corpo poderão ser justificadas pelas diferenças de comportamento: é mais provável que os homens estejam ao sol sem camisa, enquanto as mulheres usam mais calções ou saias. Grande parte dos melanomas são causados pela exposição excessiva à radiação UV.
Com o verão, chegam os alertas
Uma das formas de prevenção deste tipo de cancro passa pelo uso de protetor solar - essencial para quem vai à praia, mas um produto que deve ser aplicado todo o ano, mesmo no inverno.
De acordo com a dermatologista Maria Goreti Catorze, secretária-geral da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), a exposição solar intensa, como a que ocorre na praia, “aumenta o risco de queimaduras solares, envelhecimento precoce e cancro da pele”.
Por isso, afiançou, o uso de protetores solares é uma medida essencial de fotoproteção, especialmente nestes contextos, mas recordou que a radiação UV (ultravioleta) está presente todo o ano, mesmo em dias nublados ou frios.
“A exposição solar cumulativa contribui para danos cutâneos ao longo da vida, pelo que se recomenda o uso diário de protetor solar, especialmente no rosto e outras áreas expostas”, disse.
Um bom protetor e os cuidados a ter
Goreti Catorze disse também à Lusa que na escolha de um protetor deve ser tido em conta o tipo de pele, a idade e o tipo de exposição, sendo que é sempre importante garantir que o produto tem proteção de largo espetro (UVA e UVB, dois tipos de radiação ultravioleta) e idealmente que seja resistente à água.
Para a dermatologista o protetor ideal para o verão será com índice de proteção 50+, proteção UVA e UVB, adaptado ao tipo de pele, “com boa tolerabilidade e formulação eco-responsável”. E com reaplicação a cada duas horas.
Mas além do protetor ideal, recordou, é fundamental evitar o sol entre as 11h00 e as 17h00, usar chapéu e roupa adequada, usar óculos escuros com proteção UV e aplicar o creme 15 a 30 minutos antes da exposição ao sol
Porque “a fotoproteção não é apenas uma questão estética”, é “um verdadeiro investimento na saúde da pele e na prevenção de doenças graves como o melanoma”.
Comentários