
Em declarações à agência Lusa, o deputado agora reeleito pelo círculo Fora da Europa, disse que esta vitória demonstra que os portugueses querem continuar a contar com um representante que seja efetivamente emigrante.
“Não é como um partido que também elegeu um deputado pela emigração e que há muitos anos elege um deputado que não é emigrante e nunca foi emigrante”, disse, numa referência a José Cesário, eleito pelo PSD por Fora da Europa.
Sobre a vitória do Chega, que às 19:55 contava com 27,10% dos votos, disse que é uma mensagem clara dos portugueses, de que não querem mais o socialismo e sim “um Portugal para os portugueses”.
Além de Manuel Magno Alves, o Chega elegeu o deputado José Dias Fernandes pelo círculo da Europa.
Eleito pela coligação PSD/CDS para o círculo de Fora da Europa, José Cesário disse à Lusa que este foi “um voto de confiança” às posições destes partidos, mas também “um sinal de preocupação”.
“Sabemos ler os números e sabemos que há muita gente que está insatisfeita, por várias razões. Ao longo deste ano trabalhámos muito, ao nível do Governo, para resolver alguns problemas, mas sabemos que ainda há muitos por resolver”, afirmou.
E prosseguiu: “A maior parte das nossas comunidades é constituída pelos lusodescendentes, mas eles todos têm problemas específicos a que é preciso dar respostas. Temos dado algumas, mas é preciso dar muito mais”.
Sobre o facto de o Chega subir a principal partido da oposição, Cesário disse que se avizinha um momento “particularmente desafiante”.
“O que importa é que os partidos da Aliança Democrática mantenham a sua postura dialogante, humilde, de trabalho, que implica conversar com todos e chamar todos para um esforço coletivo, que é o que importa, que é o esforço de afirmação de Portugal no mundo e que seja um país com mais desenvolvimento, uma economia mais forte que mantenha os nossos jovens cá”, acrescentou.
Pela Europa, a coligação PSD/CDS elegeu José Manuel Fernandes.
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