O país tinha ficado sem internet na tarde de quarta-feira, devido a falhas no TATA Communications, fornecedor internacional que disponibiliza o serviço à Cabo Verde Telecom (CV Telecom), empresa do Estado que administra a rede de telecomunicações.
Em conferência de imprensa hoje de manhã, o presidente da CV Telecom, José Luís Livramento, disse que ainda não se sabia quando o problema com o fornecedor seria resolvido, pelo que a empresa iria pedir 10 gigabytes de capacidade à Altice Portugal para repor a internet no país.
Durante a fase de instabilidade, havia algum tráfego de internet e só quem tem servidor em Portugal não foi afetado, disse o presidente da CV Telecom, que esperava a reposição da internet ainda hoje, o que veio a acontecer, possibilitando o acesso a todos as páginas ‘online’.
O outro operador de telecomunicações de Cabo Verde – Unitel T+ – enviou uma mensagem aos seus clientes informando que “o serviço de internet já foi reposto”.
Para evitar casos semelhantes, José Luís Livramento disse que o plano B seria a instalação de um novo cabo submarino, o que deverá acontecer até final do ano, mas também contar com outros fornecedores de internet.
Em fevereiro de 2018, o Governo cabo-verdiano anunciou a criação de uma nova empresa para gerir a rede de telecomunicações do Estado, serviço até agora administrado pela empresa Cabo Verde Telecom.
Na ocasião, ao anunciar a medida saída do Conselho de Ministros, o ministro Fernando Elísio Freire disse que a decisão, “muito bem ponderada e acordada entre os operadores”, serviria para “aumentar e democratizar o acesso às telecomunicações, promover a economia digital, internacionalizar-se e reforçar a regulação, mais eficiente, muito forte”.
Segundo o governante, a ideia é fazer a separação entre o negócio grossista e o retalho, que será feita pela CV Telecom e outras empresas que estão no setor das telecomunicações.
No mesmo processo, o ministro referiu que o executivo vai renegociar o atual contrato de concessão com a CV Telecom, que expira em 2021.
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