Segundo informação dada pela autoridade marítima, depois de a ação de alguns meios ter sido suspensa, com o pôr-do-sol, as operações de busca pelos três pescadores serão conduzidas por um corveta, que se está a aproximar do local do naufrágio.
"Com o pôr-do-sol e a diminuição da visibilidade na área, a aeronave C-295 da Força Aérea Portuguesa e as embarcações da Polícia Marítima e da Estação Salva-vidas de Leixões suspenderam o empenhamento, estando previsto regressarem à área de operações ao nascer do sol. A aproximar-se da área, encontra-se a corveta Jacinto Cândido, que dará continuidade às operações de busca e salvamento", pode ler-se no comunicado da Marinha.
No mesmo texto, foi informado que, "desde o alerta [do acidente] e até ao pôr-do-sol, foram efetuadas buscas aéreas e de superfície, numa extensão total de 260 km2".
"Estiveram empenhadas três aeronaves da Força Aérea Portuguesa (EH-101 Merlin, P-3C CUP+ Orion e C-295M), três embarcações da Polícia Marítima de Leixões, da Estação Salva-vidas de Leixões e da Estação Salva-Vidas do Douro, uma embarcação de pesca próxima da zona do naufrágio e um navio mercante que cruzava a área e foi divergido para o local, por indicação do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento", acrescentou o comunicado.
A embarcação "Mestre Silva", com cerca de 12 metros, registada na Póvoa de Varzim, mas que operava normalmente a partir do porto de Matosinhos, naufragou esta manhã a cerca de 10 milhas (cerca de 19 quilómetros) ao largo de Esmoriz, em Espinho, distrito de Aveiro, com cinco tripulantes a bordo.
Apenas um pescador foi, até agora, resgatado com vida, o mestre da embarcação, Rafael Silva, de 54 anos, natural de Vila do Conde, que recebeu assistência no hospital de Santa Maria da Feira, mas sem inspirar cuidados de maior.
Há uma vítima mortal confirmada, um pescador da Póvoa de Varzim, de 54 anos, enquanto três elementos estão dados como desaparecidos: um pescador de Vila do Conde, de 64 anos, e dois indonésios de 26 e 33 anos.
José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, revelou, depois de conversar com o único sobrevivente, que o acidente aconteceu após uma onda atingir a embarcação.
"O mestre disse-me que estavam todos a trabalhar quando foram surpreendidos por uma ‘volta de mar', uma vaga forte, que virou embarcação. Depois disso, já não tem mais consciência do que se passou", partilhou o dirigente.
Comentários