“A equipa está pronta, o navio está pronto, mas, devido às condições meteorológicas que são bastante graves, em termos de vento e de ondulação, não será possível hoje e amanhã proceder a qualquer tentativa para fazer a operação”, acrescentou Coelho Gil.
O capitão do porto de Lisboa referiu que todo o sistema de tração foi concluído durante a madrugada de ontem, assim como o sistema de reboque que está pronto e a bordo do navio rebocador, preparado para fazer a operação.
Apesar de estar tudo a postos para se proceder ao reboque do navio encalhado na madrugada de segunda-feira, as previsões meteorológicas são “particularmente gravosas”, no que respeita ao vento e à agitação marítima, pelo que vão ter de aguardar pela melhoria do estado do tempo, referiu.
Segundo Coelho Gil, o dia de domingo será “particularmente gravoso” em termos de ondulação marítima, pelo que aproveitou para apelar à população para que evite a proximidade junto à orla costeira, evite comportamentos de risco e mantenha uma distância segura, destas zonas.
As previsões meteorológicas apontam para uma melhoria do estado do tempo a partir de domingo à noite e da madrugada de segunda-feira, acrescentando que, se as previsões se mantiverem, os trabalhos para rebocar o navio “Bertanzos” iniciar-se-ão cerca das 07:00 de segunda-feira.
“Até lá vamos ter de esperar que as condições meteorológicas não se agravem e que se mantenha a previsão que temos neste momento", afirmou.
Questionado sobre se há risco de derrame, Coelho Gil disse que esse risco “é praticamente inexistente nas condições atuais”.
Contudo, a capitania do porto de Lisboa já “pré posicionou todo o material, por mera precaução, seguindo um plano de contingência”.
“Temos preparados 120 militares disponibilizados pela Marinha, mas o risco de derrame é muito baixo”, frisou.
Instado a comentar se estão preparados para a eventualidade de ser necessário retirar carga do navio (uma carga de 8.000 toneladas de areia), Coelho Gil disse que "a capitania já envidou esforços junto da Agência Portuguesa do Ambiente e da Administração do Porto de Lisboa”, caso essa necessidade venha a ocorrer.
“Caso isso seja necessário, para permitir a flutuabilidade do navio, poderá ser equacionado, mas por ora não está a ser equacionado”, concluiu.
Coelho Gil não receia que o cargueiro encalhado não resista às condições atmosféricas adversas, por se tratar de um navio que está preparado para aguentar e navegar sob tempestade.
“Pensamos que deverá resistir mais dois dias, apesar do mau tempo que se avizinha para o mar esta madrugada e durante o dia de amanhã”, disse.
Comentários