Em declarações à agência Lusa pelas 02:00, Fernando Pereira da Fonseca explicou que “na Capitania de Lisboa, na sala de situação, estão reunidos o capitão do porto e a sua assessoria técnica, o representante do armador e o representante da empresa que está a tentar rebocar o navio”.
“O objetivo é tentar encontrar medidas que acelerem este processo”, adiantou o porta-voz da AMN, esclarecendo que “uma das hipóteses mais prováveis é a redução da carga” da embarcação.
Segundo Fernando Pereira da Fonseca, “reduzindo a carga, o rebocador terá mais capacidade para realizar manobras de desencalhe”, pois “aumentará a velocidade de reboque”.
“Prevemos que a meio da manhã haja mais pormenores sobre estas medidas adicionais”, referiu o responsável, assinalando que na quarta—feira “a operação decorreu dentro da normalidade, embora segundo o capitão do Porto de Lisboa o navio não avançou o que se esperava”.
Na quarta-feira, o navio espanhol tinha sido arrastado cerca de 80 metros, de acordo com declarações prestadas pelo porta-voz da AMN pelas 19:15.
“O navio neste momento está a cerca de 80 metros da posição inicial onde estava encalhado”, disse então Fernando Pereira da Fonseca.
O "Betanzos", com dez tripulantes a bordo, encalhou na madrugada de dia 06 de março, cerca das 01:00, à saída da barra de Lisboa, após uma falha total de energia e da tentativa de fundear.
O navio está encalhado perto do Farol do Bugio, no Forte de São Lourenço do Bugio, concelho de Oeiras, na foz do Rio Tejo, e transporta oito mil toneladas de areia com sílica, usada na indústria de porcelana e cerâmica.
A bordo do navio, que se deslocava para Casablanca, em Marrocos, estão 130 toneladas de combustível e 20 toneladas de resíduos oleosos, mas segundo o porta-voz da AMN, na ausência de danos estruturais, o risco de derrame é baixo.
Na quinta-feira passada, como medida de precaução devido ao mau tempo, dez tripulantes e quatro elementos técnicos foram resgatados do navio pelo helicóptero da Força Aérea Portuguesa.
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