Depois de, no domingo, um incêndio descontrolado no nordeste da Grécia, perto da fronteira turca, ter destruído habitações e plantações e obrigado à evacuação de várias aldeias, o executivo comunitário divulgou hoje que a União Europeia (UE) está a “enviar duas aeronaves de combate a incêndios da rescEU [reserva estratégica do Mecanismo Europeu de Proteção Civil] baseados no Chipre e uma equipa romena de combate a incêndios”.
Numa altura em que novos incêndios deflagram na região grega de Alexandroupolis-Feres, a UE está também a mobilizar um total de 56 bombeiros e 10 veículos, que chegarão hoje ao país, de acordo com um comunicado da Comissão Europeia.
Além disso, uma equipa de bombeiros pré-deslocada por França já se encontra na Grécia, no âmbito do plano de preparação da UE para a época de incêndios florestais.
Citado na nota informativa, o comissário europeu responsável pela gestão de crises, Janez Lenarcic, lembra que “a Grécia já viveu, de longe, o seu pior mês de julho desde 2008 em termos de incêndios florestais”.
“A área ardida é maior e os incêndios são mais intensos e violentos, destruindo mais superfície do que anteriormente. O incêndio de Alexandroupolis-Feres já danificou casas e forçou a evacuação de oito aldeias, [pelo que] a resposta rápida da UE é, mais uma vez, essencial”, adianta Janez Lenarcic.
A assistência agora anunciada segue-se à resposta da UE à anterior ativação do Mecanismo de Proteção Civil da UE pela Grécia no mês passado, quando foram mobilizados nove aparelhos aéreos, 510 bombeiros e 117 veículos, bem como o serviço de cartografia por satélite do programa Copernicus, que continua a avaliar os danos no país.
“A Comissão mantém-se em estreito contacto com as autoridades gregas através do seu Centro de Coordenação de Resposta de Emergência e está pronta a mobilizar mais assistência, se necessário”, conclui o comunicado do executivo comunitário.
Alimentadas por ventos fortes, as chamas irromperam na madrugada de sábado, por razões desconhecidas, queimando florestas e matos numa zona rural da Trácia Ocidental perto da cidade portuária de Alexandrópolis, a cerca de 25 quilómetros da fronteira turca.
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