“Os elementos de que disponho fazem-me pensar que é real a probabilidade de haver acordo”, disse o ministro à Lusa, na sexta-feira, a propósito do Conselho Europeu da próxima quarta e quinta feira.
Santos Silva escusou-se a dar pormenores, explicando que a diplomacia portuguesa acompanha as negociações “hora a hora”, mas se fosse pronunciar-se sobre isso, “não estaria a negociar bem”.
Sublinhando repetidamente a importância para todas as partes de haver um acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, o ministro admitiu contudo que é possível que o processo negocial não seja concluído agora.
“Sabemos que está na última milha, mas também sabemos […] que a última milha é uma milha muito difícil. Portanto, a expectativa de Portugal é que haja avanços nestes dias e que o Conselho Europeu da semana que vem já assinale esses avanços”, disse.
Questionado sobre, caso não haja ainda um acordo, quais são as perspetivas de concluir a negociação, tendo em conta que faltam menos de seis meses para a data prevista para a saída, Santos Silva frisa que os “prazos, neste momento, ainda não estão ultrapassados” e disse encarar esta fase “com confiança”.
“O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, já disse que se for necessário fazer um conselho extraordinário em novembro, se fará. Depois haverá um conselho ordinário, um Conselho Europeu, outra vez em dezembro. Portanto, estamos a trabalhar com prazos que neste momento ainda não estão ultrapassados e vamos encarar este último impulso negocial com confiança”, disse.
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