Rui Bettencourt, citado em nota de imprensa do executivo açoriano, salvaguardou que o Governo dos Açores está atento às implicações que uma eventual saída do Reino Unido ('Brexit') sem acordo possa ter para a região.
O governante falava aos jornalistas à margem da reunião da Comissão Interdepartamental para os Assuntos Europeus e Cooperação Externa (CIAECE), que se reuniu hoje, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Para Rui Bettencourt, “evidentemente que haverá um impacto indireto desta saída da Grã-Bretanha porque se faz parte da UE", tal como acontecerá em relação "ao todo europeu”.
O responsável pela pasta das Relações Externas adiantou que “pode haver algum impacto, mas são pequeníssimos casos que não têm a dimensão que terá, por exemplo, na Madeira, em relação ao turismo, ou no Algarve”, bem como no caso de “algumas indústrias no todo nacional".
Daí que considere que “não serão necessárias medidas particulares”, salvaguardando que “pode haver ajustamentos aqui ou ali, à medida que o 'Brexit' se for efetivando e em relação às condições que houver dessa saída”.
Para além do ‘Brexit’, na reunião da CIAECE, que contou com a participação de vários departamentos do Governo Regional, foi abordado o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, numa altura em que o Parlamento Europeu, a Comissão e o Conselho “vão entrar em fase de diálogo e num debate a três”.
Rui Bettencourt afirmou que os próximos tempos serão de “atenção, sensibilização e influência em relação aos Estados-membros”, tendo adiantado que persistem algumas dúvidas em relação ao próximo Parlamento e à aprovação do Quadro Financeiro, tendo em conta o facto de haver eleições europeias a 26 de maio.
“Há aqui momentos de grande atenção que temos que ter nos próximos meses, até ao fim do ano e até 2020, sendo necessário estarmos extremamente vigilantes e continuar a lutar para que o que aconteceu no Parlamento Europeu continue a ser efetivado, quer com os Estados membros", quer com a próxima constituição parlamentar, afirmou.
O Governo Regional, recordou Rui Bettencourt, tem vindo a manter diversas reuniões com os Estados membros, com comissários e deputados europeus, manifestando a “posição clara e consensualizada” da região, que resultou do envolvimento da sociedade civil e da sociedade política açoriana.
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