Depois da reunião de hoje do Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia, presidido pelo primeiro-ministro, na sua residência oficial, o governante enumerou duas dimensões sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’), na sequência de um referendo, uma das quais relacionada com investimento.
“Temos sinalizado que Portugal é uma boa localização. Não estamos ativamente a captar investimento que saía do Reino Unido para Portugal”, precisou o governante, explicando estar a decorrer uma “ação profissional” e um “trabalho continuado” do país para que num “quadro de incerteza política” se mostre a empresas britânicas “Portugal como uma boa localização”.
Em causa estão as empresas que “estando no Reino Unido necessitem de um chamado plano B, ou seja, que no quadro das suas decisões empresariais entendam que devem ter uma sede ou operação localizada no perímetro da União Europeia e na zona euro”, referiu.
Outra dimensão do ‘Brexit’ tratada tem sido os exportadores nacionais para o Reino Unido, estando prevista uma segunda reunião no próximo mês para “acompanhar os possíveis impactos” num quadro de relações que “ainda não está definido” e de forma a “acautelar cenários”.
No capítulo das trocas comerciais, o governante destacou “o encerramento finalmente do processo [de exportação] da pera rocha no caso do México”, “um caso muito importante”, enquanto sobre a venda de carne de porco para a China o “processo negocial está encerrado”, mas faltam as “verificações finais”.
“Neste momento temos mais de 40 dossiers novos abertos por este Governo e este é um trabalho contínuo”, disse, em conferência de imprensa.
Quanto à promoção de Portugal no estrangeiro, incluindo o programa Internacionalizar, Brilhante Dias referiu estarem previstas para o primeiro semestre deste ano “medidas em termos de informação” e “capacitação, como a academia de internacionalização, promovida pela AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal]”.
Na reunião de hoje foi também tratada a reprogramação do quadro Portugal 2020, no sentido de continuar o apoio dos fundos estruturais à internacionalização da economia portuguesa, disse o secretário de Estado, recordando ainda o crescimento das exportações e o aumento do investimento estrangeiro direto.
Comentários