A denúncia foi registada depois de Najila se ter referido, no programa 'Conexão Repórter', do SBT, ao suposto roubo do tablet onde guardava o vídeo completo do segundo encontro com Neymar, em Paris. Quando o jornalista Roberto Cabrini lhe disse que a polícia havia identificado impressões digitais suas e da sua empregada na casa, a jovem respondeu: "A polícia está comprada, não é? Estou louca?".
As declarações provocaram um mal-estar imediato na Polícia Civil, a autoridade à frente das investigações, que fez denúncia e emitiu um comunicado defendendo a "absoluta transparência, neutralidade e imparcialidade".
"A recolha de impressões digitais é apenas uma parte do processo da investigação que está a ser levado a cabo pela 6ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM)", lembra a nota, sobre a evolução do caso que abalou o Brasil nas últimas semanas.
O Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Estado de São Paulo (Sindpesp) e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), também manifestaram repúdio às declarações da jovem e emitiram uma nota em defesa do trabalho da corporação.
Os problemas acumulam-se para Najila Trindade Mendes de Souza, a jovem brasileira que apresentou no dia 31 de maio uma denúncia por violação contra a estrela da seleção brasileira e do Paris Saint-Germain.
No início desta semana o terceiro advogado envolvido no processo, Danilo Garcia de Andrade, decidiu abandonar a defesa depois de Najila o ter acusado de estar relacionado com o desaparecimento do tablet com o vídeo.
De momento, apenas um minuto dessas imagens gravadas no dia seguinte à alegada violação foram reveladas. Nelas Najila aparece a agredir o jogador, afirmando que ele a teria agredido no dia anterior, durante o encontro do dia 15 de maio em Paris.
Segundo a jovem, no resto do vídeo estariam as provas que sustentam a acusação de que Neymar a forçou a ter sexo no primeiro encontro, apesar dos pedidos para que parasse após saber que ele não tinha preservativo.
Fora da Copa América por lesão, Neymar é esperado nesta quinta-feira na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo, a mesma onde Najila depôs na sexta-feira passada, para dar sua versão dos factos, que o atacante nega, à polícia.
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