Questionado pela Lusa acerca de um estudo que demonstrou que há marcas brasileiras que vendem produtos como sendo azeite e de Portugal, fonte oficial do Ministério da Agricultura português afirmou que contactou o Governo brasileiro para pedir “uma intervenção forte da administração do país nesta matéria”.
Em resposta, disse a mesma fonte, "o Ministro da Agricultura do Brasil transmitiu que estão já em curso diversas ações de fiscalização" e que essas "serão intensificadas nos próximos dias".
O Governo português afirma que está em causa "um dos mais emblemáticos produtos portugueses" e que é "urgente combater" as "práticas ilegais" relacionadas com o azeite.
Os contactos entre Portugal e o Brasil sobre este tema acontecem depois de, num estudo publicado recentemente, a Proteste brasileira ter sugerido a retirada do mercado, por fraude ao consumidor, de sete marcas de azeite, algumas identificadas como de origem portuguesa e assinaladas como sendo “azeite extra virgem”.
Na semana passada, a Casa do Azeite disse à Lusa que vai apresentar uma reclamação formal junto da defesa do consumidor brasileira contra as marcas que falsificam o produto e a sua origem.
“São marcas reincidentes nestas fraudes, mas vamos reclamar formalmente de continuarem a dizer que a origem é portuguesa”, disse então à Lusa a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos.
A responsável adiantou ainda que a Casa do Azeite está em permanente contacto com as autoridades do Ministério da Agricultura brasileiro e que já houve marcas cujas fábricas foram encerradas.
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