“Vamos discutir como é que podemos agir de uma maneira coordenada. Alguns Estados-membros reagiram aumentando o apoio à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), não cortaram, aumentaram! Outros disseram que continuariam a apoiá-la, mas que iam aguardar para ver [as conclusões do inquérito] e outros cortaram”, disse Josep Borrell à entrada para uma reunião informal de ministros com a pasta da diplomacia, em Bruxelas.
Portugal foi um dos países da UE que decidiu apoiar a organização com mais um milhão de euros, anunciou na noite de sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho.
“Estas abordagens distintas para um problema que é crítico não são boas para a União Europeia. Precisamos de uma posição comum e vou discuti-la hoje”, completou o alto-representante para os Negócios Estrangeiros.
Josep Borrell criticou a postura de Israel na incursão militar que começou em outubro na Faixa de Gaza, por encaminhar a população palestiniana para zonas alegadamente seguras, mas estar a bombardear indiscriminadamente o território.
Alemanha e França estão entre os países da UE que anunciaram a suspensão das contribuições para a UNRWA.
Em causa estão alegações feitas por Israel de que funcionários daquela agência das Nações Unidas participaram no atentado de 7 de outubro, perpetrado pelo movimento islamista Hamas.
Na sexta-feira, João Gomes Cravinho disse que Portugal decidiu aumentar as contribuições pela importância que a agência tem para a população palestiniana e porque é uma organização que tem mais de 13.000 funcionários, pedindo a separação “do trigo e do joio”.
O ministro português disse que ia abordar o assunto na reunião informal de hoje.
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