Para o antigo chefe da diplomacia britânica, que se demitiu em julho por discordar do plano da primeira-ministra para a saída da UE, o plano ‘Chequers’ de Theresa May não permitirá ao Reino Unido recuperar o controlo dos seus próprios assuntos e deixará o país “meio dentro meio fora da União Europeia (UE).
“O ‘Chequers’ é um escândalo constitucional. Não é pragmático, não é um compromisso. É perigoso e política e economicamente instável”, disse, perante cerca de um milhar de pessoas.
O político, que defende uma saída ‘dura’ da união, apelou diretamente aos militantes do partido: “Companheiros conservadores, isto não é democracia. Não é o que votámos. (…) Não é uma recuperação do controlo, é perder o controlo”.
Johnson acrescentou que é altura de “deixar o ‘Chequers'” e “o momento de recuperar o controlo”, considerando ainda “infame” a ideia de celebrar um segundo referendo, como defendeu parte da oposição trabalhista britânica.
O congresso do partido Conservador, que decorre até quarta-feira e encerra com um discurso da líder, Theresa May, é considerado crítico para a primeira-ministra manter o controlo dos ‘tories’ e do governo durante as negociações sobre o ‘Brexit’.
Os olhos estarão voltados para Theresa May, que terá não só de evitar os deslizes do ano passado, mas tentar marcar um tom que recupere o respeito não só daqueles do seu partido, mas também dos líderes europeus em Bruxelas.
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