“Este é o momento em que as rodas tocam a estrada”, disse o primeiro-ministro na conferência do Partido Conservador, hoje, em Manchester.
O Reino Unido deve abandonar o bloco europeu no final do mês de outubro, sendo que os líderes europeus demonstram impaciência em relação ao governo de Londres, nomeadamente, sobre a ausência de planos para ultrapassar a questão da fronteira entre a província da Irlanda do Norte e a República da Irlanda.
Os planos do Reino Unido estão a ser debatidos na conferência do Partido Conservador que termina na quarta-feira, mas Boris Johnson já afirmou que os detalhes sobre a questão da fronteira vão ser revelados “em breve”.
Johnson disse que o Reino Unido vai sair da União Europeia cumprindo o calendário estabelecido (31 de outubro) em qualquer circunstância: “com acordo ou sem acordo”.
Os três planos apresentados pela anterior chefe do governo, Theresa May, foram rejeitados três vezes pelo Parlamento britânico devido às questões relacionadas com a fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, Estado membro da União Europeia.
A fronteira aberta é um dos pontos mais importantes do acordo que alcançou a paz na Irlanda do Norte.
Até ao momento Johnson ainda não detalhou um plano alternativo para o problema da fronteira.
Até ao momento, o Reino Unido tem debatido a possibilidade de desenvolver uma área fronteiriça instalada fora da zona que marca a divisão entre os dois territórios para produtos agrícolas e gado, apesar de não terem sido testadas as “soluções tecnológicas” para o efeito.
A União Europeia tem considerado a proposta aduaneira “desadequada”.
O vice-primeiro ministro da República da Irlanda já rejeitou frontalmente o plano preliminar que propõe a instalação de controlos aduaneiros afastados da linha de divisão.
Johnson já afirmou que a ideia sobre o posto aduaneiro ("backstop") não faz parte do plano que vai ser apresentado.
“Não é isso que nós vamos propor”, disse Boris Johnson.
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