“Decerto que me candidato”, declarou Johnson no decurso de um encontro de empresários em Manchester, norte de Inglaterra, confirmando as informações que circulavam entre os conservadores e comentadores políticos.
Theresa May prometeu demitir-se após a aprovação pelos deputados britânicos do acordo de Brexit concluído com Bruxelas, mas sem fixar uma data.
A chefe do Governo conservador anunciou hoje que vai apresentar no início de junho um projeto-lei sobre o acordo do Brexit. O voto relaciona-se com a legislação que deve ser aprovada para concretizar o acordo e não sobre o próprio acordo, que já foi derrotado por três vezes pelo parlamento de Westminster.
Em caso de rejeição do projeto-lei, May poderá ser forçada à demissão.
Diversos ministros de deputados Tories já disputam o seu lugar, pousando para fotografias ou exprimindo-se sobre questões que ultrapassam os seus habituais domínios, indica a agência noticiosa AFP.
Theresa May assumiu a chefia do Governo britânico após o referendo de 2016 sobre o ‘Brexit’ e da demissão do seu antecessor, David Cameron. O pró-Brexit Boris Johnson, que então se manteve durante algum tempo na corrida, acabou por renunciar na disputa pelo cargo.
Johnson, ex-presidente da câmara municipal de Londres, tornou-se célebre pelas suas ‘gafes’ diplomáticas e é acusado de ter induzido os eleitores em erro a propósito do Brexit durante a campanha do referendo, mas mantém-se popular entre muitos militantes do Partido Conservador.
Em 2018 demitiu-se do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, em desacordo com a estratégia do Governo face ao processo do ‘Brexit’.
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