“É uma ambulância cujo equipamento é praticamente igual ao das que são utilizadas para o socorro humano, desde oxigénio a macas, tendo apenas a especificidade de estar também dotada de uma jaula”, explicou Gustavo Costa, daquela corporação.
Disponível 24 horas por dia, a ambulância para animais já está na estrada há cerca de dois meses, tendo sido requisitada, em média, duas ou três vezes por semana.
Cinco bombeiros já receberam formação específica para o efeito, mas Gustavo Costa diz que o número de efetivos “terá de ser aumentado”, face ao previsível aumento de solicitações, decorrente da divulgação do serviço, denominado “SOS Animal”.
O serviço consiste na prestação de primeiro socorros a animais errantes feridos e doentes, na sua recolha e no encaminhamento para o Canil Intermunicipal de Ponte de Lima.
O funcionamento do “SOS Animal” é assegurado por um protocolo entre a Câmara de Esposende e os Bombeiros de Fão, pelo qual o município atribuirá à corporação uma comparticipação financeira anual até 5.000 euros, valor calculado com base no número de viagens previstas.
O município financiou também a adaptação da viatura de transporte e a formação dos elementos da equipa que realizará aquelas funções, num investimento de cerca de dez mil euros.
Segundo o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, o Plano Estratégico Municipal para o Bem-Estar Animal pretende colocar o concelho “na linha da frente” em termos de políticas de defesa dos animais.
No âmbito daquele plano, o município assinou hoje um protocolo com a Ordem dos Médicos Veterinários, que representa um investimento municipal de cinco mil euros por ano e visa a esterilização dos animais errantes, abandonados e encaminhados para adoção.
“O plano de esterilização é fundamental para evitar o aumento descontrolado da população animal”, disse Benjamim Pereira, queixando-se da falta de apoio para a construção de centros municipais de recolha de cães e gatos.
O autarca adiantou que já há um anteprojeto para construção de um centro de recolha em Esposende, com um investimento estimado de um milhão de euros.
O problema, referiu, é que atualmente os apoios do Estado para o efeito “não ultrapassam os 50 mil euros”.
O Plano Estratégico contempla ainda uma praia para cães, que estará em funcionamento já este verão, e um “parque de 'agility'”, no centro da cidade, onde os cães poderão interagir sem trela.
Campanhas de adoção e projetos de intervenção social em que os animais terão papel de destaque junto de grupos de risco como idosos, pessoas com deficiência e crianças com necessidades educativas especiais, são outros dos destaques do plano.
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