O trânsito junto à Praça de Londres, em Lisboa, estava cortado pelos cerca de 150 bombeiros sapadores desde as 15:45, altura em que os manifestantes se sentaram ordeiramente no chão junto ao ministério.
Cerca das 17:00, uma delegação dos bombeiros saía de uma reunião com dois chefes de gabinete no Ministério do Trabalho e Segurança Social, mas António Pascoal, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, e igualmente dirigente dos bombeiros, afirmou que “não houve um compromisso”.
“Se o Governo não arrepiar caminho, vamos manter os protestos já marcados”, disse António Pascoal.
O representante afirmou ainda que “aparentemente há interpretações diferentes entre os ministérios sobre o novo estatuto dos bombeiros profissionais”, acrescentando que os bombeiros pediram para participar numa reunião conjunta com os ministérios.
Foi anunciada uma manifestação nacional de bombeiros municipais, na quinta-feira, em frente ao edifício onde se realiza o Conselho de Ministros.
Relativamente ao pré-aviso de greve de 15 dias apresentado pelos sapadores de Lisboa, o início da paralisação estava marcado para as 00:00 do dia 22 de janeiro, mas foi atualizado posteriormente para as 20:00 do dia 21, considerando as trocas de turnos dos elementos.
A data do fim da greve mantém-se a 5 de fevereiro.
Antes do fim dos protestos, pelas 17:30, assistiu-se a um momento de medida de forças entre os elementos do corpo de intervenção da polícia, que investiu na direção dos manifestantes, tendo estes optado por virar as costas aos agentes, desmobilizando progressivamente.
Os bombeiros contestam propostas como o aumento para os 60 anos do limite de idade para a reforma e a redução do salário-base destes profissionais.
Os bombeiros exigem “um limite de idade adequada para a reforma sem cortes” e “um salário consoante o risco da profissão”.
Apesar de ser uma manifestação dos sapadores de Lisboa, os profissionais tiveram o apoio de um grupo de bombeiros de Setúbal e um outro de Tavira (distrito de Faro).
Segundo António Pascoal, o novo estatuto, nomeadamente o aumento da idade da reforma, pode prejudicar o socorro que é prestado às populações e também pode afastar candidatos à profissão devido aos salários baixos.
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