O bombardeamento ocorreu a pedido de tropas afegãs que travavam uma batalha com insurgentes na capital provincial Lashkargah, explicou o porta-voz das forças norte-americanas no país, o coronel Dave Butler, num comunicado enviado hoje à agência Efe.

Segundo a mesma fonte, uma unidade de coordenação afegã confirmou na altura que a área estava livre de forças aliadas.

“Infelizmente, não estava e isso resultou num trágico acidente. Morreram nos bombardeamentos tanto membros das forças de segurança afegãs como combatentes talibãs”, afirmou Butler, que não especificou o número de baixas.

O porta-voz assegurou que a “má comunicação” está a ser investigada para que não se volte a repetir no futuro um "trágico acidente" como este.

O chefe do Conselho Provincial de Helman, Attaullah Afghan, assegurou na sexta-feira à agência Efe que 17 polícias morreram e 14 ficaram feridos na intervenção aérea de quinta-feira, apesar de as autoridades centrais não confirmarem o número de vítimas nem as causas do acidente.

Nos últimos meses, Washington – que mantém a sua presença no Afeganistão no âmbito da missão da NATO para treinar tropas afegãs e executar tarefas antiterroristas – e os insurgentes do mulá (personalidade da hierarquia religiosa islâmica xiita) Haibatullah realizaram várias rondas de negociações nos países do Golfo.