Em Resende já vai ser possível juntar seis pessoas por mesa no interior dos restaurantes, 10 por mesa nas esplanadas e até praticar todas as modalidades desportivas, bem como pensar em casamentos e batizados — mas apenas com 50% do espaço ocupado. E tudo isto porque o concelho deu mais um passo no desconfinamento, depois de ver reduzidos os casos de covid-19.
A boa notícia chegou ao início desta tarde, terminado o Conselho de Ministros, pela voz de Mariana Vieira da Silva. Todavia, a ministra de Estado e da Presidência também trouxe novas não tão bem-vindas, em particular para os concelhos de Odemira e Montalegre, que recuam no desconfinamento, juntando-se a Lamego e Arganil que já estavam nesta situação.
A ministra realçou também que 10 concelhos estão em estado de alerta, cinco dos quais já o estavam na semana passada e outros cinco "entram de novo nesta lista": Albufeira, Castelo de Paiva, Fafe, Golegã, Lagoa, Oliveira do Hospital, Santa Comba Dão, Tavira, Vila do Bispo e Vila Nova de Paiva.
Além da recuperação de Resende, também saíram do estado de alerta os municípios de Alvaiázere, Melgaço, Torres Vedras, Vale de Cambra e Vila Nova de Poiares. Mais boas notícias, assim sendo.
Contudo, é preciso manter os olhos bem abertos — e analisar o boletim diário ajuda nessa tarefa. "Quando o R(t) ultrapassa o 1, significa que o país entrou num nível de crescimento da pandemia e, por isso, precisamos de olhar com atenção para esta evolução", lembrou Mariana Vieira da Silva.
Com estes avanços e recuos, a par com o continuar da vacinação, o país começa já a querer saber quando chegará uma nova fase de desconfinamento. E a garantia é que há de chegar, após nova reunião com especialistas — só não se sabe quando.
"Nós, enquanto tivermos que conviver com medidas restritivas teremos sempre que, no quadro da lei de proteção civil e da lei de saúde pública, ter medidas especiais. Eu não consigo neste momento dar datas para as decisões, há questões de agenda que ainda precisam de ser vistas", disse a ministra.
Por isso, o Governo não vai tomar "nenhuma decisão relativamente a uma nova fase de desconfinamento, em função daquilo que foi pedido aos peritos, sem que haja uma reunião do Infarmed" — que "não é fácil de marcar" devido a questões de calendário dos intervenientes.
Para já, continua assim a avaliação da situação epidemiológica, por parte do Governo, de 15 em 15 dias, e "esses 15 dias são muito importantes porque são aqueles que permitem passar ciclos inteiros das medidas tomadas para a sua avaliação".
E sabe-se o que vem a seguir? "Capacidades de estimar exatamente como é que as coisas vão decorrer na próxima semana não temos, o que temos é uma situação de baixa incidência e uma situação em que o ritmo de transmissão subiu", salientou Vieira da Silva. Por isso, a conclusão é que a 'futurologia' não serve aqui, já que a pandemia, apesar de contar com mais de um ano no país, ainda vai surpreendendo tudo e todos.
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