“Há um problema com a barragem da Iberdrola [Cedillo] que fecha a fronteira entre Portugal e Espanha, com prejuízos muito graves para a população fronteiriça, e essa é uma questão que vamos abordar, tanto na Assembleia da República como no Parlamento Europeu”, afirmou Catarina Martins.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) deslocou-se a Lentiscais, em Castelo Branco, para ouvir as preocupações da população local, após a calamidade que assolou o rio Pônsul, um dos afluentes do Tejo, que esteve praticamente seco.
Catarina Martins sublinhou que Portugal e Espanha são dois países da União Europeia e que pertencem ao Espaço Shengen, uma convenção entre países europeus sobre uma política de fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países signatários.
“Aqui [barragem de Cedillo] há uma fronteira, porque uma empresa a fechou. Com que direito a Iberdrola pode fechar a circulação [entre os dois países ibéricos]”, questionou.
Apelidou ainda a atitude da elétrica espanhola de “abusiva” ao cortar a ligação de um e do outro lado.
A barragem de Cedillo, marca a entrada do rio Tejo em território nacional, onde a margem norte é portuguesa e a margem sul é espanhola e define a fronteira entre os dois países ibéricos.
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