Qual a notícia?
Em comunicado, no site do clube, o FC Porto revelou este domingo que decorreram buscas "numa das participadas do Grupo, a Porto Comercial, e na loja do Associado no Estádio do Dragão, e desde já compromete-se a prestar todo e qualquer apoio às autoridades no desenrolar das suas diligências".
Segundo o Correio da Manhã, em causa estará a venda de bilhetes para o dérbi nortenho entre os 'dragões' e o Boavista, marcado para este domingo às 20h30 (Portugal Continental) e outros jogos. Esta investigação é paralela à Operaçao Pretoriano. Envolve vários funcionários do FC Porto e também elementos dos Super Dragões.
Fonte oficial da PSP disse à Lusa que "já foram apreendidos vários milhares de ingressos para espetáculo desportivo, quantias monetárias e já foram, também, constituídos arguidos mais de uma dezena de indivíduos".
A mesma fonte referiu que as buscas iniciaram-se ao inicio da manhã para "dar cumprimento a vários mandados judiciais" e estão a ser feitas "com o apoio de diversas valências policiais".
O que o Ministério Público pensa para ter pedido as buscas?
O Ministério Público (MP) suspeita de “conluio” entre funcionários ligados ao FC Porto e uma empresa associada e membros dos Super Dragões na aquisição de bilhetes para jogos de futebol depois vendidos no ‘mercado negro’, levando a buscas hoje realizadas.
“De toda a prova reunida até ao momento e devidamente documentada não existem dúvidas de que são várias as pessoas com lucros consideráveis referente à venda irregular de bilhetes, o que lesa claramente o FC Porto, e o Estado, o que é ‘conhecido e aceite’ no seio do clube como moeda de troca pelo apoio da claque”, pode ler-se nos mandados de busca e no inquérito a que a Lusa teve hoje acesso.
Segundo estes documentos, o MP partiu das suspeitas relacionadas com Fernando Madureira, líder da claque envolvida, e a esposa, Sandra Madureira.
Em causa estão crimes de distribuição e venda de títulos falsos ou irregulares/distribuição e venda irregular e também abuso de confiança qualificado, com buscas não domiciliárias aos administradores Rui Lousa, da Porto Comercial, e Alípio Jorge, responsável pelas casas do clube, entre outros.
A investigação “levou já a que se identificassem outros indivíduos suspeitos” na prática de distribuição ilícita de bilhetes para jogos de futebol do clube ‘azul e branco’, tendo ainda revelado como esta atividade “se reorganizou e adaptou à nova realidade após a Operação Pretoriano”, que levou à detenção do líder dos Super Dragões.
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