De acordo com a Casa Branca, Biden vai a Nova Iorque apresentar um plano em que promete investir 500 milhões de dólares (cerca de 440 milhões de euros) em reforço policial, atividades extracurriculares para ocupar adolescentes e iniciativas de desenvolvimento de bairros desfavorecidos em várias cidades.
A iniciativa presidencial acontece numa altura em que a plataforma de Internet Gun Violence Archive revela que em 2021 morreram 20.794 pessoas vítimas de violência armada nos Estados Unidos.
Hoje também, em Nova Iorque, milhares de agentes de segurança compareceram para o funeral de um polícia vítima de uma emboscada, quando tentava ajudar um colega — o segundo serviço fúnebre de um agente numa semana naquela cidade.
O novo presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams — ele mesmo um ex-polícia – fez da segurança uma das suas bandeiras de campanha e, esta semana mandou fechar parte do centro da cidade para os funerais dos dois agentes mortos em serviço.
No mesmo dia em que ocorreu o tiroteio fatal – o assassino era reincidente, com histórico de tráfico de drogas – Adams pediu publicamente ajuda ao Governo federal para impedir a circulação de milhares de armas no estado de Nova Iorque, onde a sua venda é ilegal.
“Fomos recordados novamente sobre o perigo da proliferação de armas”, disse Adams, no funeral do agente.
Em 2021, a cidade de Nova Iorque registou quase 500 mortes violentas, um número recorde em mais de uma década, mas esses recordes também foram batidos em Los Angeles, Chicago e Filadélfia.
O plano de Biden não implica a limitação de venda de armas — uma questão delicada, que sucessivos presidentes têm sido incapazes de resolver — mas antes foca-se em investimento em áreas que podem reduzir a violência junto da população mais desfavorecida.
Los Angeles, a segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos, não se lembra de um ano tão violento desde 2007, tendo registado 396 homicídios em 2021 (mais 42 do que em 2020).
Comentários