Se confirmado pelo Senado, Brown, de 61 anos, tornar-se-ia o segundo cidadão negro a chegar ao cargo três décadas após o já falecido Colin Powell e, ao lado do secretário de Defesa Lloyd Austin, seria a primeira vez que dois afro-americanos ocupariam o topo do Pentágono.
Brown, que até agora atuou como chefe do Estado-Maior da Força Aérea, cargo para o qual foi indicado pelo ex-presidente Donald Trump, substituiria o general Mark Milley, que se aposenta em setembro.
“O general Brown é um guerreiro que foi comandante na Europa, no Médio Oriente e depois no Indo-Pacífico. Tem uma compreensão única das nossas operações e teatros de operações e uma visão estratégica para entender como todos trabalham juntos para garantir a segurança do povo norte-americano”, disse Biden num evento na Casa Branca.
O Presidente destacou que Brown conseguiu conquistar o respeito de todos os que trabalharam ao seu lado.
“E mais do que isso, conquistou o respeito dos nossos aliados e parceiros ao redor do mundo, que consideram o general Brown um parceiro de confiança e um estrategista de primeira linha”, disse Biden, que entre outras conquistas do general citou os esforços para construir uma coligação de mais de 80 países contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Médio Oriente.
Brown não é conhecido pelas suas habilidades oratórias, ao contrário do general Mark Milley, mas tem sido muito eloquente quando se trata de comunicar.
Durante os protestos raciais nos Estados Unidos após o homicídio do afro-americano George Floyd em maio de 2020, o então chefe de Estado Donald Trump ameaçou invocar a Lei da Insurreição para enviar tropas para reprimir os tumultos, o que levou Brown a publicar um vídeo pessoal e emocional de cinco minutos vídeo, um movimento pouco comum por parte de um militar de alta patente.
Brown falou dos Estados Unidos como uma “terra de liberdade” e “igualdade”, mas indicou que as suas próprias experiências “nem sempre falaram de liberdade e igualdade”.
Se confirmado, Brown terá a seu cargo direcionar os esforços dos Estados Unidos para apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia e liderar a estratégia de seu país contra a ameaça militar da China.
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