“A ajuda que está a chegar a Gaza não é suficiente. Há vidas inocentes em jogo. Há vidas de crianças em jogo”, disse o Presidente norte-americano ao iniciar uma reunião na Casa Branca com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Durante o seu anúncio, Biden enganou-se e mencionou a Ucrânia quando queria referir-se a Gaza.
“Nos próximos dias, iremos juntar-nos aos nossos amigos na Jordânia e outros para fornecer lançamentos aéreos de alimentos e bens para a Ucrânia (sic). Procuraremos abrir outras vias para a Ucrânia (sic), incluindo a possibilidade de um corredor marítimo para entregar grandes quantidades de alimentos”, indicou na sua declaração com o destinatário equivocado.
O Presidente norte-americano prometeu que insistirá para que Israel também facilite a entrada de mais camiões e a abertura de novas rotas terrestres para a entrada de ajuda humanitária no enclave.
“Deve haver centenas de camiões, não apenas alguns. Não vou ficar parado. Estamos a tentar fazer tudo o que podemos para obter mais assistência”, afirmou.
Da mesma forma, Biden disse esperar que “em breve” seja alcançado um acordo para a libertação dos reféns detidos pelo grupo islamita palestino Hamas e um cessar-fogo de seis semanas na ofensiva israelita na Faixa de Gaza que permita a entrada de ajuda.
A guerra na Faixa de Gaza começou em 07 de outubro, dia em que combatentes do Hamas realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em cativeiro, segundo as autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 146.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza acima de 30 mil mortos, mais de 71 mil feridos e milhares de desaparecidos, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais.
O conflito fez também quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.
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