“Estou a tomar medidas para proteger as costas, o Golfo do México e o Mar de Bering, no Alasca, da perfuração de petróleo e gás natural e dos danos que podem causar”, disse Biden numa declaração presidencial, citada pelas agências internacionais.

A ordem isenta indefinidamente todas as áreas da Plataforma Continental Exterior ao largo das costas leste e oeste do país, o Golfo do México oriental e outras partes do norte do Mar de Bering no Alasca.

“A minha decisão reflete o que as comunidades costeiras, as empresas e os banhistas sabem há muito tempo: que a perfuração ao largo destas costas pode causar danos irreversíveis em locais que estimamos e não é necessária para satisfazer as necessidades energéticas da nossa nação. Não vale a pena correr os riscos”, afirmou o chefe de Estado cessante, que deixará a Casa Branca a 20 de janeiro, dia da tomada de posse do Presidente eleito Donald Trump.

“Numa altura em que a crise climática continua a ameaçar as comunidades de todo o país e em que estamos a fazer a transição para uma economia de energia limpa, chegou o momento de proteger estas costas para os nossos filhos e netos”, acrescentou.

Numa primeira reação à decisão, a equipa de transição de Trump classificou a decisão como “vergonhosa” e um novo obstáculo para os planos do magnata em matéria de política económica quando regressar à Casa Branca.

“É evidente que Biden quer que os preços elevados da gasolina sejam o seu legado. Esta é uma decisão vergonhosa concebida para se vingar politicamente do povo norte-americano que deu ao Presidente Trump um mandato para aumentar a perfuração e baixar os preços do gás”, disse a porta-voz da equipa de transição do líder republicano, Katherine Leavitt.