“Num período tão sensível do ponto de vista da segurança, ir a eleições seria um erro”, disse hoje Netanyahu na abertura do Conselho de Ministros.
O responsável deverá reunir-se ao final do dia de hoje com o ministro das Finanças, Moshe Kahlon, cujo apoio é agora vital para a sua coligação, na tentativa de convencê-lo a não apoiar um plano para eleições antecipadas.
A maioria do primeiro-ministro foi reduzida a um voto no Parlamento (61 deputados em 120), após a renúncia de Avigdor Lieberman, líder do partido nacionalista Israel Beiteinou (cinco deputados).
Lieberman quis desta forma protestar contra o cessar-fogo alcançado depois de duros confrontos na Faixa de Gaza.
O político ultranacionalista denunciou o cessar-fogo com os palestinianos aos meios de comunicação como uma “capitulação ao terrorismo”.
Perante a demissão de Avigdor Lieberman, ministro da Defesa israelita, Naftali Bennett disponibilizou-se para o substituir, dizendo que o governo israelita não está a ser eficaz no combate contra o movimento islâmico Hamas.
Já na sexta-feira, o partido de Benjamin Netanyahu negou que se estivesse a preparar para eleições antecipadas, mas as críticas e divergências no interior do governo de coligação aumentam de tom.
Os rumores de que Benjamin Netanyahu se estaria a preparar para marcar eleições antecipadas surgiram na quinta-feira, um dia depois de o ministro da Defesa se ter demitido e no dia em que foram tornadas públicas sondagens que indicavam um muito fraco apoio popular ao governo.
Netanyahu tem sido acusado de excessiva indecisão e muito criticado por não ter uma ação mais dura, naquela que é já considerada a situação em Gaza mais complicada desde 2014.
As milícias palestinianas de Gaza, incluindo o movimento islamita Hamas, concordaram a 13 de novembro com um cessar-fogo após o recrudescer de ataques desde domingo, com o lançamento em pouco mais de 24 horas de mais de 460 ‘rockets’ e 160 bombardeamentos israelitas sobre o enclave.
As eleições estão marcadas para o próximo ano, mas a tradição em Israel é que os mandatos não cheguem ao fim e vários analistas vaticinam um cenário de convocação antecipada de eleições.
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