Mais de 19 anos depois do último confronto entre os dois emblemas no São Luís, o Benfica, que se revelou mais perdulário e até atirou uma bola aos ‘ferros', por Pizzi, aos 70 minutos, somou o quinto jogo sem vencer fora de casa, enquanto o Farense desfez uma ‘maldição' que já vinha da última aparição na I Liga, em 2001/2002, numa série de 41 jogos a sofrer golos na competição.
O Benfica mantém-se no quarto lugar da classificação, com 39 pontos, agora a 15 do líder Sporting, e os algarvios estão, à condição, no 15.º lugar, com 18.
O técnico dos ‘encarnados', Jorge Jesus, voltou ao sistema tático habitual (4-4-2) e operou seis mudanças face ao empate de quinta-feira com o Arsenal (1-1), da primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, com destaque para o médio Gabriel, cuja última titularidade remontava à derrota com o Boavista (3-0), à sexta jornada, em 02 de novembro do ano passado.
No Farense, Jorge Costa fez três alterações no ‘onze' que saiu de Guimarães com um empate (2-2), entrando Fábio Nunes, Licá e Bura, este adaptado à posição de lateral-direito face às ausências de Alex Pinto (castigado) e Tomás Tavares (emprestado pelo Benfica).
Com o Benfica a assumir a posse de bola desde os minutos iniciais, o primeiro momento de emoção da partida chegou aos oito minutos, com um ‘tiro' de Darwin Núñez a passar perto do poste direito da baliza de Rafael Defendi, enquanto os algarvios responderam aos 14: após mau passe de Gabriel, Amine recuperou a bola a meio-campo e isolou Pedro Henrique, mas Helton Leite evitou o golo com uma grande defesa.
O jogo prosseguia com ritmo intenso, de parada e resposta, mas com maior ascendente do Benfica, criando mais momentos de perigo porque, com o Farense a utilizar as suas linhas muito subidas, explorava a profundidade, especialmente pelo flanco esquerdo.
Primeiro foi Everton, com um grande trabalho individual em posição frontal, a atirar para boa estirada de Rafael Defendi (19 minutos), seguindo-se uma ameaça de Darwin Núñez, num desvio para fora ao primeiro poste, após passe rasteiro do Nuno Tavares (25).
A intensidade alta da partida manteve-se até ao intervalo: o Farense ‘espreitou' o ataque e ainda celebrou o golo, aos 40 minutos, por Licá, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo após análise do VAR, Everton voltou a tentar de fora da área, mas a bola saiu ao lado (45), e Ryan Gauld também rematou de longe, a ‘raspar' o poste esquerdo da baliza de Helton Leite (45+2).
O início da segunda parte trouxe um encontro mais lento e atípico, com o Farense a ‘fechar' mais o setor defensivo, com Rafa a desperdiçar mais uma grande ocasião, permitindo excelente defesa a Rafael Defendi (61 minutos).
Observando uma equipa menos pressionante no ataque, aos 20 minutos do segundo tempo já Jorge Jesus tinha operado quatro substituições, tentando refrescar a equipa, com resposta em campo: aos 70 minutos, o recém-entrado Pizzi tirou um adversário do caminho e, em posição frontal, rematou ‘enrolado' ao poste, e aos 73, Seferovic, ao segundo poste, atirou por cima.
Face à pressão do Benfica, o Farense não adormeceu - Gauld obrigou Helton Leite a aplicar-se, aos 77 minutos, e Pedro Henrique, com a baliza vazia, cabeceou na direção errada, aos 80 -, acabando por segurar o empate sem golos face ao assédio final do conjunto ‘encarnado'.
(Notícia atualizada às 23:08)
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