Numa resposta a deputados do Parlamento Europeu, Andrea Enria recorda que tem expressado “repetidamente e publicamente preocupações sobre o progresso dececionantemente lento feito pelos bancos na redução dos riscos decorrentes de operações que decorrem no mercado russo”.
“Mais recentemente, a Supervisão Bancária do BCE [Banco Central Europeu] instou esses bancos a acelerar as suas estratégias de redução e saída, adotando planos claros e reportando regularmente aos seus órgãos de administração e à Supervisão Bancária do BCE sobre a execução desses planos, bem como explicando os atrasos e/ou execução impedimentos”, refere.
O responsável da Supervisão do BCE destaca que desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022, este órgão tem monitorizado de perto a situação e encetou diálogos com “as poucas instituições supervisionadas que têm subsidiárias na Rússia”.
“Embora a maioria dessas instituições tenha mantido as subsidiárias bancárias russas, observamos que elas progrediram na redução das suas atividades”, refere.
Segundo Enria, as instituições supervisionadas reduziram as exposições em 37% entre o final de 2021 e o final de 2022, acelerando esta redução no quarto trimestre do ano passado (-25%).
“A maioria das instituições também decidiu não aceitar novos negócios na Rússia e está a explorar diferentes estratégias de saída, como a venda de negócios e o encerramento das suas operações no mercado russo”, salienta.
A supervisão bancária europeia é composta pelo BCE e pelas autoridades de supervisão nacionais dos países participantes.
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