As declarações foram feitas durante uma audição numa comissão parlamentar, onde foi questionado sobre se o ‘Brexit’ continua a ser a principal ameaça para a economia nacional, como afirmou durante a campanha para o referendo de junho passado.
“Estritamente falando, na opinião do comité não é”, respondeu Carney.
O governador defendeu que “existem riscos económicos” que podem afetar a “estabilidade financeira do país”, mas assegurou que há “maiores riscos a curto prazo no continente do que no Reino Unido durante o período de transição”.
Carney disse, no entanto, que a economia britânica enfrenta desafios globais que podem aumentar durante o processo de adaptação fora da União Europeia (UE).
“Na campanha para o referendo dissemos que (o “Brexit”) era o principal risco porque havia uma série de possibilidades no setor financeiro, coisas que podiam ter acontecido, que podiam ter tido consequências para a sua estabilidade”, explicou Carney.
O governador do Banco de Inglaterra também defendeu a avaliação dos riscos que foi feita durante a citada campanha e assegurou que as medidas adotadas para enfrentar a situação serviram para atenuar esses riscos.
Carney apontou, no entanto, a necessidade de alcançar “um acordo transnacional” para o setor financeiro quando Londres iniciar as negociações com a UE para a saída.
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