A segurança é um dos maiores desafios enfrentados pelo novo governo sírio de base islamista, que foi instalado em dezembro após uma rebelião que derrubou o presidente em 11 dias.

Desde quinta-feira, as forças de segurança têm se envolvido em violentos combates contra homens leais ao presidente deposto, que governou o país com mão de ferro por 24 anos.

Os incidentes, os primeiros desta magnitude após a queda de Assad, ocorreram após um ataque sangrento de apoiantes do ex-presidente às forças de segurança na cidade costeira de Jableh na noite de quinta-feira, de acordo com as autoridades.

No dia seguinte, as forças de segurança iniciaram operações de busca na área de Latakia, um reduto da minoria alauíta, um ramo do islamismo xiita ao qual Bashar al Assad e a sua família pertencem.

Neste contexto, o OSDH indicou num novo relatório, publicado neste sábado, a morte desde quinta-feira de pelo menos 745 civis alauítas, incluindo mulheres e crianças, na região costeira, onde se concentra esta comunidade que representa 9% da população do país.

A ONG, que tem uma ampla rede de informantes no local, afirmou que esses civis foram "executados" por "motivos confessionais" por agentes de segurança e combatentes pró-governo, e que também houve "roubo de casas e propriedades".

As mortes destes civis elevam o número de mortos desde quinta-feira para 1.018, incluindo 273 membros das novas forças de segurança e combatentes pró-Assad.

As Igrejas sírias denunciaram neste sábado os "massacres de civis inocentes" e pediram o "fim imediato detes atos horríveis".