
“É altamente improvável. As redes alemãs têm uma estrutura redundante. Isto significa que, quando uma ligação falha, há sempre uma substituta”, explicou Klaus Müller em declarações à estação de televisão alemã First Channel (ARD).
Além disso, de acordo com Müller, a rede elétrica alemã possui vários sistemas e características de segurança que permitem que a rede seja reativada sem a necessidade de uma fonte de alimentação externa.
Os meios de comunicação alemães destacaram os acontecimentos em partes de Espanha e Portugal e observaram que a causa do apagão ainda não foi determinada.
“Como o apagão paralisou Espanha e Portugal”, é o título de um artigo da revista Der Spiegel publicado hoje.
“A boa notícia é que a energia elétrica foi restabelecida em muitas regiões. Mas há dúvidas sobre a causa da falha de energia”, refere a revista.
O jornal Süddeutsche Zeitung analisa o incidente, dizendo que o apagão obriga a questionar se a civilização moderna está preparada para a perda repentina de eletricidade.
“Foi o que aconteceu na segunda-feira, às 12:32 [menos uma hora em Lisboa] na Europa, um continente afortunado onde a eletricidade, os telemóveis, os cartões de crédito e o Wi-Fi são considerados normais”, lê-se no artigo intitulado “Um sopro de catástrofe”.
Portugal e Espanha registaram na segunda-feira um corte generalizado no abastecimento elétrico, cujas causas ainda estão a ser investigadas.
A falta de eletricidade obrigou a fechar aeroportos, apagou semáforo provocando congestionamento nos transportes e no trânsito das grandes cidades e deixou sem comunicações grandes regiões dos dois países.
O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona centro do país, sendo que hoje de manhã, a rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
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