Autárquicas: Pizarro (PS) promete ensino da música em todas as escolas do Porto

O candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, prometeu hoje levar o “ensino estruturado da música” a todas as escolas básicas da cidade, defendendo que a autarquia deve funcionar mais como dinamizador do que como programador cultural.

“Tivemos um génio como vereador da Cultura, que era um excelente dirigente político e um grandioso programador. Mas não devemos repetir Paulo Cunha e Silva sem Paulo Cunha e Silva. Nesta fase, temos de colocar a Câmara como o grande dinamizador da cultura e das instituições e não como programador”, defendeu o socialista, referindo-se ao vereador da lista do independente Rui Moreira que morreu em 2015, levando o presidente da Câmara a assumir o pelouro.

Pizarro revelou ainda a intenção de usar a cultura como instrumento “de valorização da inclusão social”, levando o “ensino estruturado da música” a todas as escolas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico da cidade para que, no fim do mandato, “pelo menos, duas mil crianças” tenham acesso ao projeto, mas também criando “um programa de estímulo à leitura”.

O cabeça de lista do PS à Câmara do Porto falava aos jornalistas no fim de uma visita à Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), revelando que o programa do PS “aposta muito na ajuda aos criadores, mas também numa política de difusão da cultura nos diferentes meios”.

“Um dos nossos projetos é estender o programa ‘Música para Todos’, que existe hoje na escola do Cerco, a todas as escolas básicas da cidade. A ideia é começar logo no primeiro ano letivo a seguir a ter sido eleito, chegando a um mínimo de dois mil alunos no último ano de mandato”, descreveu.

"Precisamos muito de algo que nos ajude a resolver a desigualdade social no Porto. Esta é uma das ferramentas para nos ajudar”, acrescentou.

Pizarro considera que “o papel da câmara deve ser de agregador e dinamizador das instituições extraordinárias que o Porto tem, mais do que ser a própria câmara um programador”.

Questionado sobre se defende uma empresa municipal de cultura, o socialista considerou não ser uma questão “essencial”, antes “instrumental” e “administrativa”, referindo que “logo se verá qual é a boa solução”.

São candidatos à Câmara do Porto o independente Rui Moreira, apoiado pelo CDS-PP e MPT, o socialista Manuel Pizarro, Álvaro Almeida, pela coligação PSD/PPM, Ilda Figueiredo, da CDU, João Teixeira Lopes, do BE, Bebiana Cunha, do PAN, Costa Pereira, do PTP, Sandra Martins, do PNR, e Orlando Cruz, do PPV/CDC.

As eleições autárquicas realizam-se a 01 de outubro.