Durante uma reunião do seu partido Catalunya en Comú (esquerda), Ada Colau exigiu “explicações” aos dirigentes separatistas, ao mesmo tempo que apelava à libertação dos que estão atualmente detidos.
“Queremos que os prisioneiros sejam libertados, mas queremos também que um governo irresponsável que conduziu o país ao desastre enfrente (as suas responsabilidades) e reconheça os seus erros”, disse, antes de participar numa manifestação em Barcelona pela libertação dos dirigentes presos.
Oito ex-ministros regionais estão detidos, enquanto Puigdemont e mais quatro membros do seu executivo continuam refugiados em Bruxelas, à espera que a justiça da Bélgica dê seguimento ao mandato europeu de detenção pedido pela justiça espanhola.
“Eles provocaram tensões no país (Catalunha) e fizeram uma declaração unilateral de independência que não era desejada pela maioria” da população, acusou Colau, que não é independentista, embora defenda a realização de um referendo de autodeterminação da região para resolver a questão.
Segundo a autarca, a declaração de independência foi feita “enganando a população por interesses partidários”.
A declaração de independência votada em 27 de outubro por 70 dos 135 deputados do parlamento catalão “não trouxe a república”, constatou, criticando o presidente do executivo catalão destituído Carles Puigdemont por ter partido para a Bélgica deixando a Catalunha “sozinha face à incerteza”.
“Eles fizeram a declaração e depois desapareceram”, disse.
Ada Colau também critica a reação do Governo espanhol do conservador Mariano Rajoy, que ativou o artigo 155 da Constituição, suspendendo a autonomia da região, destituiu o executivo, dissolveu o parlamento e convocou eleições regionais.
Presidente da câmara de Barcelona desde junho de 2015, Ada Colau faz campanha com o terceiro partido espanhol, Podemos (esquerda radical), para aquelas eleições marcadas para 21 de dezembro.
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