O primeiro mandato efetivo à frente do executivo camarário “foi muito duro, marcado pela necessidade de contenção financeira”, como disse hoje à Lusa o social-democrata já confirmado pelas estruturas do PSD como candidato nas eleições autárquicas.
Branco garantiu ter atingido “a estabilidade financeira” e que tem projetos contratualizados para os próximos dois anos no valor de 30 milhões de euros para “concretizar aquilo que tem vindo a planear” e que não foi possível nos últimos anos devido à situação financeira.
O autarca candidato concretizou que tem assegurados 14,5 milhões de euros do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) para remodelar a cidade de Mirandela, a segunda maior do distrito de Bragança.
No pacote de investimentos constam também sete milhões de euros para a renovação do parque escolar com as reclamadas obras na degradada Escola Secundária.
Outros investimentos destinam-se à expansão da zona industrial, água e saneamento, eficiência energética, reformulação da rede viária do concelho, entre outros projetos.
Outro projeto que o autarca destacou foi a reabilitação da antiga estação de Mirandela da Linha do Tua, que o município adquiriu recentemente e que irá ser intervencionada, assim como a zona envolvente.
A estabilização da situação financeira permitiu, como disse, à autarquia ganhar margem e autonomia para garantir os 15% que lhe compete no valor global dos investimentos previstos financiados por fundos comunitários.
António Branco tem 49 anos, é casado com três filhos e engenheiro eletrotécnico.
Pertence ao quadro da EDP Distribuição, mas há 15 anos que desempenha cargos municipais e partidários, enquanto militante do PSD.
Começou por ser, em 2002, vice-presidente de José Silvano, que deixou o cargo, em 2009, entregando a presidência a António Branco, que viria a ser eleito presidente nas autárquicas de 2013.
Mirandela ser um bastião do PSD, para António Branco não é sinónimo de que as eleições estão ganhas.
“Não há vitórias antecipadas. Temos de fazer o trabalho de esclarecer as pessoas”, afirmou.
Branco conta que o estrangulamento financeiro da autarquia nos últimos anos vai ter consequências na reação dos eleitores e por isso diz “que é preciso falar com as pessoas”.
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