Um grupo de sobreviventes dos campos de extermínio nazis assinalou hoje o 79º aniversário da libertação do campo de Auschwitz-Birkenau durante a Segunda Guerra Mundial, numa cerimónia realizada no sul da Polónia.
Cerca de 20 sobreviventes de vários campos de concentração criados pela Alemanha nazi em toda a Europa depositaram coroas de flores e acenderam velas no Muro da Morte em Auschwitz.
Cerca de seis milhões de judeus europeus foram mortos pelos nazis durante o Holocausto - o assassínio em massa de judeus e de outros grupos na Segunda Guerra Mundial.
Estes não foram os únicos a recordar esta triste....recordação.
Alemanha assume "responsabilidade"
Na Alemanha, onde as pessoas depositaram flores e acenderam velas nos memoriais das vítimas do terror nazi, o Chanceler Olaf Scholz afirmou que o seu país continuaria a assumir a responsabilidade por este "crime contra a humanidade".
Scholz apelou a todos os cidadãos para que defendam a democracia alemã e lutem contra o antissemitismo.
"Nunca mais é todos os dias", disse Scholz no seu ‘podcast’ semanal em vídeo, acrescentando: "O dia 27 de janeiro chama por nós: Mantenham-se visíveis, sejam audíveis, contra o antissemitismo, contra o racismo, contra a misantropia e pela nossa democracia".
Zelensky solidário
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cujo país está a lutar para repelir a invasão total da Rússia, publicou uma imagem de uma Menorá (candelabro) judaica no X, antigo Twitter, para assinalar o dia da memória.
"Cada nova geração deve aprender a verdade sobre o Holocausto. A vida humana deve continuar a ser o valor mais elevado para todas as nações do mundo", disse Zelensky, que é judeu e perdeu familiares no Holocausto.
"Memória eterna para todas as vítimas do Holocausto", lê-se numa publicação de Zelensky naquela rede social.
Guterres pede unidade contra "forças do ódio"
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje à união de todos os países para "se levantarem contra as forças do ódio e da divisão", por ocasião da comemoração, este sábado, do Dia Internacional das Vítimas do Holocausto.
Aproveitando a comemoração, Guterres alertou que o mundo está "a testemunhar como o ódio se está a espalhar a um ritmo alarmante", particularmente na Internet, onde "passou das margens para ser a corrente principal de opinião".
"Espero que nunca nos calemos perante a discriminação e que nunca sejamos tolerantes com a intolerância. Temos de defender os direitos humanos e a dignidade de todos, sem perder de vista a humanidade dos outros", afirmou.
Papa evoca memória do Holocausto contra "lógica do ódio e da violência"
O Papa Francisco pediu hoje que a memória do Holocausto ajude a "não esquecer que a lógica do ódio e da violência nunca pode ser justificada", num apelo feito após a audiência semanal no Vaticano.
“Que a lembrança e a condenação do horrível extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões na primeira metade do século passado ajudem todos a não esquecer que a lógica do ódio e da violência nunca pode ser justificada, porque negam a nossa própria humanidade”, afirmou o Papa.
*Com Lusa
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