Dois homens ainda não identificados lançaram uma granada de mão na mesquita Sitio Logoy Diutay, na cidade de Zamboanga, localizada na região de maioria muçulmana, disse o porta-voz regional do exército à agência de notícias France-Presse.
As vítimas, líderes religiosos de outras províncias próximas que estavam de visita, estavam a dormir quando a explosão ocorreu, disse à agência de notícias Efe o chefe da polícia regional de Zamboanga, Emmanuel Licup.
A polícia está a investigar o possível motivo do ataque, que pode ser uma vingança pessoal entre clãs muçulmanos ou relacionado com o ataque de Sulu no domingo que fez pelo menos 21 mortos e mais de 100 feridos.
Na segunda-feira, a polícia das Filipinas abateu a tiro um membro do grupo extremista Abu Sayyaf, precisamente em Zamboanga, tendo sido encontrados explosivos, uma granada de mão e um litro de um produto químico que ainda está a ser analisado.
Segundo a polícia, Asilon era um membro conhecido do Abu Sayyaf, que jurou lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico, que reivindicou o ataque de domingo, no qual duas bombas explodiram com quinze segundos de diferença na catedral de Jolo, capital da província de Sulu.
A polícia está a investigar o possível envolvimento de Asilon com a milícia Ajang-Ajang, a facção de Abu Sayyaf em Sulu que cometeu o ataque reivindicado pelo Estado Islâmico.
O grupo extremista Abu Sayyaf não está ligado ao processo de paz em curso. Especializado em sequestros, o Abu Sayyaf também é acusado dos piores atentados no arquipélago, em particular o realizado contra um ‘ferry’ que causou mais de 100 mortos em 2004.
Os especialistas consideram que o ataque de domingo, um dos mais sangrentos dos últimos anos nas Filipinas, pode contrariar anos de esforços de paz que resultaram num referendo local, na semana passada, que validou a criação de uma nova região autónoma denominada Bangsamoro.
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