O CDS-PP tem em curso a iniciativa “Ouvir Portugal”, através da qual diz querer auscultar ideias e preocupações de portugueses, das diferentes regiões do país, para construir um programa eleitoral.
Assunção Cristas foi hoje a Montalegre, no distrito de Vila Real, para distribuir beijos, sorrisos, panfletos e falar “olhos nos olhos” com quem andava pela feira, que é conhecida como a “rainha do fumeiro” e atrai milhares de pessoas.
“É esse o nosso objetivo, é fazer um programa não apenas fechado no nosso partido, mas alargando e abrindo o mais possível a independentes e a todas as pessoas que querem connosco partilhar as suas ideias”, afirmou a líder do CDS-PP aos jornalistas.
Cristas disse que, nestes contactos, as principais preocupações reveladas estão relacionadas com o acesso aos cuidados de saúde, com o apoio à deficiência, aos idosos e também educação.
“Normalmente ouvimos a crítica das pessoas que só aparecem na altura de campanha, pois nós queremos estar muito próximos das pessoas, a ouvi-las, a receber as suas opiniões e, por isso, criámos este ciclo, a que chamamos ouvir Portugal, que tem esta dimensão de estar rua a rua a conversar com as pessoas”, frisou.
Questionada sobre a afirmação do deputado do PS João Galamba, que disse que “dificilmente haverá aumentos na função pública em 2019”, e as buscas para “recolha documental” no Ministério das Finanças, a responsável referiu que estas não foram preocupações sinalizadas pelas pessoas com quem contactou.
“Deixe-me falar hoje do ‘Ouvir Portugal’ e dar importância ao interior do país. Estamos numa feira do mundo rural, do mundo agrícola, dos produtos portugueses, genuinamente portugueses, que são uma das grandes riquezas do nosso país, e deixe-me valorizar isso hoje”, frisou.
Assunção Cristas disse que, para o CDS-PP, é “muito importante olhar para todo o território e dizer às pessoas que não estão abandonadas” e que "tudo fará para que mais serviços de saúde possam estar em todo o país e para que não haja portugueses de primeira, ou segunda ou de terceira”.
A presidente do CDS-PP repetiu a ideia de que a saúde tem “sido o parente pobre da governação e que é afetado diretamente por uma austeridade que não acabou”
“A saúde é uma área onde o Governo não tem cumprido aquilo que diz e onde fala de uma realidade que não é aquela que nós vivemos todos os dias no terreno”, frisou.
Recordou o aumento dos tempos de espera para as consultas, as cirurgias canceladas e o aumento das dívidas na área da saúde, que é afetada por uma “austeridade encapotada”.
A Feira do Fumeiro de Montalegre, que termina hoje, contou com a presença de 70 produtores, que colocaram à venda cerca de 50 toneladas de fumeiro, e representa um volume de negócios na ordem dos 2,5 milhões em todo o concelho.
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