O CDS chamou-lhe encontro sobre a liberdade de escolha para todas as gerações, para as pessoas colocarem perguntas a Cristas sobre os problemas da sua vida, no meio da Praça Rodrigues Lobo, no centro de Leiria, numa ação de campanha para as eleições legislativas de 06 de outubro, com a cabeça de lista do partido pelo distrito, Raquel Abecasis, e o ex-líder do partido José Ribeiro e Castro.
Durante cerca de 45 minutos, os presentes puseram algumas perguntas (parte delas escritas), num modelo parecido com os organizados pela CGTP ou PCP, e Cristas foi inspirar-se ao programa eleitoral do partido para falar sobre os problemas na educação, nos transportes ou dos cuidadores, mas a última foi sobre o processo de Tancos, em que o ex-ministro da Defesa José Azeredo Lopes foi acusado.
Se, de manhã, a líder do CDS já tinha falado sobre o assunto, acusando o executivo socialista e o PS de “encobrir criminosos” e impedir “a justiça de funcionar”, à tarde optou por se referir à “novela”, à “série da Netflix em três temporadas” em que disse ter-se transformado o caso do furto do material militar do paiol de Tancos e por “puxar” pelo seu partido.
Como foi aos centristas que se deveu a uma proposta de inquérito parlamentar, Assunção Cristas afirmou que “o tempo veio dar razão ao CDS”, com a decisão de hoje e usou isso para justificar o voto nos centristas a 06 de outubro.
“Ainda bem que existe o CDS. Se não, não teríamos uma comissão de inquérito”, afirmou, para logo a seguir dizer que é por isso que “faz sentido um CDS forte”, com “vozes fortes e incómodas”.
De resto, depois de ouvir as reações dos partidos durante o dia, a presidente centrista anotou que a “esquerda ficou muito incomodada” e compreende que “não queira mexer no assunto”. “Pudera, é incómodo para aquele lado”, concluiu.
Para o fim estava prevista uma intervenção curta de Ribeiro e Castro, que fez o elogio à candidatura de Raquel Abecassis e nem uma vez, em 11 minutos, se referiu a Assunção Cristas, ao lado de quem esteve sentado durante a sessão.
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