“Este governo falhou e incumpriu as promessas que fez no âmbito dos cuidados de saúde primários, nomeadamente na cobertura de médicos de família para todos os portugueses, nas Unidades de Saúde Familiar e aqui, concretamente em Lisboa, naquilo que seriam os novos centros de saúde fora dos edifícios de habitação”, disse Assunção Cristas, após uma visita à USF de Benfica, em Lisboa.
A líder centrista sublinhou que o executivo socialista prometeu que 14 novos centros de saúde “estariam concluídos em 2020” e comentou: “Pergunto-me onde estão eles porque não há um único que tenha a construção iniciada.”
Durante mais de uma hora, Assunção Cristas, com os candidatos a deputados Isabel Galriça Neto, Ana Rita Bessa e João Gonçalves Pereira, visitaram os cinco andares do centro de saúde, falou com utentes, passou pela sala de saúde materna, fez festas a um bebé de meses e falou com a mãe, e no final reuniu-se com a direção do centro.
A USF de Benfica, sublinhou, era um dos centros que, segundo uma “promessa muito firme” do Governo, deixaria aquele prédio de habitação.
E, apontando ao executivo, relatou as queixas que ouviu durante a visita pelas dificuldades em contratar pessoal para a secretaria, o que impediu, até agora, estender o horário de fecho das atuais 18:00 para as 20:00.
As críticas da líder dos centristas vão mais além do facto de esta unidade ainda estar no mesmo prédio.
António Costa e o Governo, acusou, prometeram médicos de família para todos os portugueses, mas “neste momento há 700 mil sem médicos de família”, também não cumpriu a meta de 100 novas USF nem “os novos 14 centros de saúde” até 2020.
Numa resposta à frase de Costa, num debate, de que se responsabilizava pelas melhorias no Serviço Nacional de Saúde, Assunção Cristas socorreu-se de uma frase que disse ter ouvido a uma utente à porta da USF.
“A melhor resposta foi a que ouvi à entrada, de senhora que disse que ‘isto está cada vez pior, olhem pela saúde e olhem pela saúde de quem não pode ir a outro lado’”, disse.
E logo a seguir sublinhou que há hoje “uma grande desigualdade no acesso aos cuidados de saúde” e que “quem não tem outra solução que não seja o centro de saúde ou os hospitais está hoje muito pior”.
A António Costa apontou ainda ao acusá-lo de ter “a dificuldade em ver a realidade tal como ela se apresenta, “gosta de debitar números, mas depois não consegue olhar em concreto” e ver se esses números “aderem à realidade”.
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