Num comunicado enviado à agência Lusa, a associação ambientalista recorda que a véspera e o dia de Natal são os dias do ano “com maior produção de resíduos” no país.
“Não há estatísticas oficiais, mas também não há dúvidas em relação ao facto de a véspera e o dia de Natal serem o maior pico de produção de resíduos do ano”, lê-se no documento.
Para a Zero, o cenário é “infelizmente dramático” no próprio dia 25 de dezembro e nos dias seguintes, com a falta de separação dos resíduos junto aos contentores.
“O cenário é infelizmente dramático no próprio dia 25 de dezembro e nos dias seguintes, com inúmeros contentores de resíduos urbanos destinados ao lixo indiferenciado cheios de materiais que deveriam ser recolhidos seletivamente, nomeadamente através dos ecopontos, e que não foram separados em casa”, lê-se no comunicado.
A associação ambientalista recorda que o Governo “já reconheceu” que Portugal “não vai conseguir cumprir” as metas de reciclagem de resíduos urbanos impostas pela União Europeia para 2020, fazendo o país parte da “lista negra” da Comissão Europeia.
Nesse sentido, em 2019, Portugal vai ter o “acompanhamento técnico” da Comissão Europeia para “assegurar o cumprimento” desta legislação.
“Em 2017, apenas 22% dos resíduos geridos pelos sistemas foram reciclados ou compostados e os portugueses aumentaram a produção de lixo em 2%, tendo gerado cinco milhões de toneladas, efeito da atenuação da crise económica e consequente aumento do consumo. Por outro lado, reduziram a separação do lixo e o respetivo envio para reciclagem”, recordam no comunicado.
A Zero acrescenta ainda que a Comissão Europeia tem estipulado que 55% dos resíduos terão de ser reciclados em 2025, 60% em 2030 e 65% em 2035.
Por último, a associação ambientalista deixa “quatro recomendações”, nomeadamente nos presentes que ainda haja por embrulhar consideram “importante” reutilizar embalagens anteriores ou mesmo “encontrar formas criativas” de evitar o embrulho.
“Separar e aguardar” papel, cartão, plásticos, metais e vidro, é outra das recomendações bem como “não desperdiçar” alimentos que sobraram, podendo os mesmos ser reutilizados noutros pratos.
“Reutilizar – Para o ano há Natal”, é a quarta e última recomendação que apela a que as prendas sejam desembrulhadas “com cuidado”, sendo esta “uma enorme ajuda” na prevenção dos resíduos.
“É simultaneamente um desafio e uma oportunidade para em aniversários próximos ou daqui a um ano não ser necessário adquirir embrulhos, ajudando na diminuição de consumo de recursos e indiretamente na redução de emissões poluentes causadoras das alterações climáticas”, lê-se no comunicado.
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