A proposta do PSD, que pretende contrariar o excesso de peso das mochilas escolares, votada por pontos, foi aprovada na globalidade, na sessão plenária da AML.
Os pontos que pedem que a câmara municipal “avalie a possibilidade e o impacto para o erário público e para o funcionamento das aulas, substituindo os manuais escolares obrigatórios em formato papel por ‘e-books’ com a oferta dos ‘tablets’”, e “que estenda esta oferta aos demais alunos do ensino básico e secundário da rede pública” foram aprovados com os votos contra do BE, PCP e sete deputados independentes, a abstenção do MPT e de um deputado independente e os votos favoráveis das restantes forças políticas.
O documento dos sociais-democratas solicita também que a autarquia liderada pelo socialista Fernando Medina “providencie uma plataforma ‘on-line’/aplicação municipal que permita comunicações, troca e apontamentos, e facilite o acesso aos conteúdos facultados pelos professores”. Este ponto contou com os votos contra do PCP e de seis deputados independentes, a abstenção do BE e de um independente, e os votos a favor dos restantes partidos.
Na reunião de hoje, a AML aprovou, por unanimidade, uma recomendação do PAN para a “colocação progressiva de cacifos em todos os estabelecimentos públicos escolares de ensino básico e secundário do município”, tendo como “objetivo a sua total implementação até ao final do ano de 2020”.
Intervindo na sessão, o eleito do MPT Mário Freitas considerou que “acabar com o papel nas salas de aula é um perigoso incentivo à superficialidade e ao défice de atenção” causados pelas “novas tecnologias”.
No mesmo sentido, Isabel Pires, do BE, afirmou que “tem de haver um caminho para a redução do peso das mochilas”, não concordando, no entanto, “com a substituição integral dos livros por ‘e-books’ e ‘tablets’”.
Por seu turno, o deputado municipal do PS Manuel Lage sublinhou que “ninguém fala em desmaterialização total” e que os livros continuarão a existir.
O eleito do PEV Sobreda Antunes destacou que “não bastam cacifos” e Gonçalo Moita, do CDS-PP, notou que estes são “mais um passo”, esperando que sejam “eficazes”.
O independente António Avelãs defendeu, por seu turno, que “são os editores que devem providenciar os ‘e-books’”.
A AML apreciou também uma proposta do PSD que pretende, segundo o eleito António Prôa, “ajudar a melhorar” os sistemas de bicicletas partilhadas Gira e “a corrigir os erros”.
A maioria dos pontos que compõem o documento foi aprovada, tendo apenas sido rejeitada a proposta de “reserva por cinco minutos (em vez dos atuais 15 segundos) antes da chegada do utilizador à bicicleta selecionada”.
A vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, Paula Marques (PS), em representação do responsável pela pasta da Mobilidade, reiterou que a autarquia deverá regularizar a situação em atraso no ano de 2019 e começar a expansão da rede, no sentido “de poder chegar a todas as freguesias da cidade”.
A AML adiou uma recomendação do CDS-PP para a criação de um miradouro no topo da antiga torre da refinaria do Parque das Nações com a realização de obras.
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