No final da reunião da conferência de líderes parlamentares, a porta-voz, Maria da Luz Rosinha, disse que foram feitos reajustamentos no sentido de reduzir a atividade parlamentar “a um plenário semanal mas que poderá ser alterado caso haja necessidade de outras matérias serem discutidas e votadas”.
“Por isso mesmo passará a haver conferência de líderes todas as semanas sendo que a próxima é já no dia 3 [de fevereiro] como estava anteriormente marcada”, aditou.
O parlamento realiza habitualmente três plenários por semana, mas já estava a realizar apenas dois.
Para as próximas semanas mantêm-se os plenários de dia 3 e 11 de fevereiro (sendo que nesta última data se discute uma eventual renovação do estado de emergência), ficando adiadas as discussões de dia 04 e 10 do próximo mês.
“Condensámos todas as matérias que tinham a ver com saúde e com a proteção de pessoas com dificuldades, retirámos alguns agendamentos que estavam feitos e que eram questões mais gerais e que não se prendiam com estas matérias”, completou a deputada socialista.
A redução de plenários de dois para apenas um já tinha sido defendida pelo Pessoas-Animais-Natureza (PAN) na conferência de líderes do passado dia 20, altura em que o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, defendeu que a decisão sobre a redução para duas sessões plenárias semanais tinha sido tomada muito recentemente, mas que teria em conta esta preocupação em agendamentos futuros.
Na anterior conferência de líderes, o parlamento já tinha adaptado o seu calendário, preparando-se para eventuais renovações do estado de emergência até ao final do mês de fevereiro.
As comissões parlamentares têm decorrido nos últimos meses em formato misto, entre o presencial e a videoconferência, embora haja autonomia de cada comissão para organizar os seus trabalhos.
O parlamento aprovou hoje a renovação do estado de emergência até 14 de fevereiro para permitir medidas de contenção da covid-19, com votos favoráveis de PS, PSD, CDS-PP e PAN.
A deputada não inscrita Cristina Rodrigues também votou a favor e o BE voltou a abster-se. PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira mantiveram o voto contra este quadro legal, que permite suspender o exercício de alguns direitos, liberdades e garantias.
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