“Os portugueses há muito que andam pelo mundo. É por isso que somos bons em estabelecer laços com diferentes culturas, diferentes tradições e diferentes religiões”, referiu António Costa.
O chefe do Governo falava naquela cidade marroquina, na conferência intergovernamental que hoje adotou formalmente o pacto global para uma migração segura, ordenada e regular, o primeiro documento deste género que foi promovido e negociado sob os auspícios das Nações Unidas.
“A nossa visão da migração também é a existência de uma diáspora portuguesa há muito estabelecida e bem integrada em todos os continentes, totalizando mais de cinco milhões de pessoas”, salientou o chefe de Governo, acrescentando que Portugal também é um local de acolhimento de diferentes comunidades que “dão uma importante contribuição” para o desenvolvimento económico do país e para a diversidade cultural da sociedade portuguesa.
Nesse sentido, António Costa defendeu em Marraquexe que uma migração “administrada com sabedoria” pode favorecer o crescimento económico e ajudar a enfrentar os crescentes desequilíbrios nas tendências demográficas entre regiões e continentes.
“Se deixada totalmente desregulamentada, pode levar a tensões, como testemunhamos hoje”, prosseguiu o primeiro-ministro português.
Como tal, segundo frisou António Costa, a migração “é ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade”.
“Deve ser abordada de maneira conjunta e global, através da promoção e do fortalecimento de mecanismos de caráter multilateral, envolvendo os países de origem, de trânsito e de destino”, afirmou.
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