“Estamos a viver momentos muito exigentes para todos, para os governos, paras as empresas, para as famílias. A última coisa a fazer é agravar as dificuldades”, considerou, ressalvando que estas fases devem ser vividas com serenidade.
Para António Costa, "a pior coisa que podia haver seguramente era inventar uma crise política num mundo que já é um excesso de crises".
O primeiro-ministro falava à margem da assinatura do protocolo de colaboração com a Fundação Repsol - Projeto Motor Verde +Floresta, no Salão Nobre do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, Tapada da Ajuda, Lisboa.
Para o líder do Executivo, apesar de o país se encontrar numa “uma crise inflacionista” como há cerca de 30 anos, tem de haver uma resposta simultânea “às necessidades do presente e dar a execução do futuro”.
“Tivemos um trabalho muito intenso para conseguir contornar a inflação numa das áreas mais críticas desencadeada pela guerra que tem a ver com a energia. Neste momento a inflação na área de energia está ainda em torno dos 2%. Temos em algumas áreas uma redução dos preços”, sublinhou.
Sobre as observações do ex-Presidente da República Cavaco Silva que considerou no início da semana que a situação política, que classificou há dois meses como “muito perigosa”, se deteriorou desde então “muito mais do que antecipava”, António Costa disse não fazer “comentários a comentadores”.
“O senhor Cavaco Silva já foi primeiro-ministro, Presidente da República e agora comenta a atividade política. Eu já fui comentador, agora sou primeiro-ministro, não comento a atividade política, nem comento os comentadores. Respeito, mesmo discordando habitualmente do que ele diz. Ouço naturalmente com o respeito que se deve ouvir aquele é seguramente o político profissional português com mais anos no ativo”, realçou.
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